De acordo com os adeptos da dieta carnívora, sim é possível, pois muitos praticam esse hábito alimentar há décadas, e recentemente tem se tornado uma opção para o tratamento de doenças autoimunes, emagrecimento, diabetes e outras doenças degenerativas, por períodos curtos ou longos.
Há culturas tradicionais que consomem pouco ou nada de vegetais, e que se mantém saudáveis.
Veja alguns exemplos:
- Inuit
Os inuítes são os membros da nação indígena esquimó que habitam as regiões árticas do Canadá, do Alasca e da Groenlândia.
Consumem uma dieta rica em gorduras e proteínas, pouco carboidrato e alguns vegetais, como berries, rizomas, líquens e algas marinhas.
Fazem chás de ramos de frutas vermelhas dos pinheiros, ricos em vitamina C e polifenóis.
- Masai
A tribo Masai é um grupo de seminômades que vivem no Quênia e Tanzânia, e que falam um idioma próprio.
Sua dieta é rica em gorduras e proteínas, provenientes do leite, carne e sangue.
Consomem vegetais como bananas e inhames.
Ingerem chá de ervas regularmente, além de usarem diversas plantas medicinais.
- Sami
Os Sami são Pastores de rena do Norte da Escandinávia. Hoje encontram-se espalhados por quatro países: Noruega, Suécia, Finlândia e Rússia, onde são cidadãos com direito à educação, serviços sociais, liberdade religiosa e participação no processo político, ao mesmo tempo que preservam e defendem sua identidade étnica e cultural.
Consomem também uma dieta rica em proteínas, gorduras de carne, peixe e leite.
Em termos vegetais, especialmente berries e cogumelos.
Com certeza nós precisamos consumir vegetais, mesmo só em pequena quantidade, pela presença de micronutrientes, polifenóis e compostos medicinais.
Micronutrientes de origem animal
Os animais fornecem todos os micronutrientes que uma pessoa precisa, pois os produtos animais, contém a maioria dos alimentos densos em nutrientes disponíveis.
Consumir carnes de animais criados à pasto, orgânicos, é o que podemos ter de melhor, já que não conseguimos animais selvagens, como os nossos ancestrais.
Sua proteína e gordura é rica em antioxidantes, provenientes das plantas que os animais nessas duas condições, conseguem ingerir.
Apresentam alta concentração de nutrientes, precursoras de vitaminas e um perfil de ácidos graxos, o mais favorável possível, quando comparado com os de animais criados confinados.
Mas lembre-se, é importante estar consumindo não só as carnes provenientes de músculos, mas os miúdos também.
Ou seja, usar o animal inteiro, da cabeça aos pés.
Assim, terão a melhor e única fonte de vitamina A (retinol), ômega 3 e vitamina B12, assim como a colina, creatina, carnosina, l-glicina entre outros.
Apesar de ser uma alimentação carente em vegetais a princípio, acabam recebendo nutrientes que são de origem vegetal, pois lembre-se que estes animais ingerem isso nas pastagens ou animais que consomem:
– Eletrólito importante que regula a pressão, rico em frutas cítricas, abacate, vegetais escuros e bananas, mas saiba que a carne contém potássio também, mas presente no seu suco.
– Magnésio, envolvido em centenas de funções fisiológicas, que se absorve proveniente das pastagens, que esses animais ingerem.
O mesmo vale para o folato.
A dieta carnívora, uma jornada intrigante além do convencional, destaca-se como um pilar para a saúde otimizada, desafiando a crença tradicional na necessidade de vegetais. Com base em práticas alimentares de culturas ancestrais robustas e na riqueza nutricional dos produtos animais, essa abordagem dietética ressurge como um potencial revolucionário na prevenção e tratamento de condições autoimunes e degenerativas. Descubra como adaptar este paradigma alimentar à sua vida, priorizando alimentos orgânicos e integralidade animal, para uma saúde plena. Explore mais sobre esta fascinante dieta e agende uma consulta para uma orientação personalizada.
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Referências bibliográficas:
– Paul Saladino, MD; The Carnivore Code. 2020
– Shawn Baker; The Carnivore Diet. 2019