Deficiência em flavonoides e declínio da memória

Um estudo publicado em 2023 depois de 15 anos de pesquisa, foi publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences demonstrando que indivíduos com dieta rica em flavonoides, apresentam excelente memória.

Isso vem de encontro com diversos outros estudos, que observaram o mesmo resultado mostrando a importância desses flavonoides para o hipocampo, uma estrutura do cérebro, que influência a memória e o aprendizado no idoso.

E de acordo com Adam M. Brickman, PhD professor de Neuropsycology e co autor de um desses estudos, comentou:

 “A melhora entre os participantes do estudo com dietas com baixo teor de flavanol foi substancial e aumenta a possibilidade de usar dietas ou suplementos ricos em flavanol para melhorar a função cognitiva em adultos mais velhos”.

 

O que são flavonoides

Flavonoides são uma família de compostos polifenolicos encontrado em plantas.

Dividem se numa sub-classe que inclui flavanois, flavonas, isoflavonas, antocianidinas, quercetina, kaempfenol e miricetina.

É interessante notar que estes compostos tem ação sinérgica, potencializado os seus benefícios.

Encontrados em cacau, chá, chocolate, berries, chá verde, canela, vinho tinto, uvas e maçãs.

 

Como melhorar a memória e cognição

Além de consumir uma dieta rica em flavanoides, há outras estratégias que vão melhorar a sua memória e cognição como:

  1. Se manter hidratado

Cerca de 75% das pessoas são comumente desidratadas. E essa porcentagem aumenta nos idosos.

Com isso haverá comprometimento de saúde e piora da cognição.

O modo certo de saber se esta hidratado é ter a urina de cor palha, isso significa boa hidratação.

Para isso, consumir água vezes por dia.

  1. Exercício físico

O exercício é fundamental, pois estimula a circulação cerebral, fortalecendo as células e ativando liberação de fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), o que promove melhora da saúde cerebral e cognição.

  1. Dormir mínimo de horas adequadas

Com isso sua cognição e performance mental melhoram. Dormir pouco tempo à tarde (20 a 30’) também tem esse efeito.

Usar máscaras faciais para dormir pode ser uma boa estratégia, pois os estudos mostram que aumentam a habilidade para aprender e melhoram mais ainda a memória.

  1. Evitar medicações anticolinérgicas

Essa classe de medicações são as piores, apesar de outras drogas também influírem. Agem bloqueando acetilcolina, um neurotransmissor que desempenha papel importante no cérebro.

Podem até gerar sintomas que se confundem com Doença de Alzheimer.

Essas medicações são comuns para tratar depressão, insônia, náuseas, tonturas e alergias.

 

Referências bibliográficas:

– Columbia University Irving Medical Center, May 29, 2023

– Natural Neuroscience, 2002; 5(5)

– Cleveland Clinic, May 1, 2023 flavanols

– Neuroscience News, May 29, 2023

– Oregon State University, Flavonoids, Summary bullet 1

– CBS News, July 2, 2013

– British Journal of Sports Medicine, 2015; 49(4)

– New York Times, September 27, 2008

– Eurekalert!, February 21, 2010

– Sleep, 2023;46(3) Abstract

– Science Alert, March 1, 2023

– Science Daily, December 27, 2018

– Current Opinions in Neurobiology, 2006;16(6)

www.drrondo.com/vinho-tinto-resveratrol/

www.drrondo.com/a-ciencia-e-os-beneficios-por-tras-da-noite-de-queijos-e-vinhos/

www.drrondo.com/a-bebida-que-protege-o-seu-figado-e-seu-coracao/

 

< Artigo AnteriorPróximo Artigo >