Refluxo gastro esofágico: como tratar naturalmente

Ocorre quando o conteúdo do seu estômago retorna para o esôfago, causando irritação da mucosa esofágica.

Essa condição, também pode ser reconhecida como indigestão ácida, regurgitação ácida ou queimação gástrica.

Porém, quando o refluxo atinge a garganta, gera uma condição mais séria, conhecido como refluxo laringofaringe.

Quando ocorre isso, é porque a pepsina, uma enzima digestiva estomacal lesa a mucosa da garganta, gerando sintomas como:

  • Um “caroço” na garganta que não desaparece
  • Necessidade de limpeza excessiva da garganta pela presença de muco
  • Rouquidão
  • Tosse persistente ou dor de garganta
  • Dificuldade para respirar ou engolir

Soluções naturais para tratar essas condições

– Dieta mediterrânea

De acordo com estudo publicado no Journal of the American Medical Association Otolaryngology – Head & Neck Surgery; aonde se avaliou 184 participantes, com o uso da Dieta do Mediterrâneo, tiveram melhoras efetivas comparáveis ao efeito dos medicamentos inibidores de bomba de próton (PPIs) no tratamento do refluxo.

Essa dieta enfatiza frutas, gorduras boas, carnes magras, sementes e vegetais.

Comparando os dois grupos, aonde aproximadamente metade usou a dieta e o outro não, por cerca de 45 dias; o Dr. Craig Zalvan, comentou que a dieta é melhor que as medicações convencionais:

“Esses resultados realmente mostram que você pode tratar as pessoas com uma abordagem baseada em dieta rica em vegetais, onde a maioria melhora. Com isso os pacientes interrompem seus medicamentos, o que em geral leva a uma saúde muito melhor.”

– Água alcalina para situações emergenciais  

A água normal para beber, tem o pH 7, e a forma alcalina, o pH é cerca de 8  ou 9.

Nessas situações emergenciais, você pode preparar essa água em casa, adicionando o suco de 1 limão, ou ½ colher de chá de bicarbonato de sódio, em um copo de água potável.

O autor do estudo feito em 2012, Dr. Craig Zalvan, comenta dos benefícios:

“Ao contrário da água potável convencional, a água alcalina com pH 8,8 desnatura instantaneamente a pepsina, tornando-a permanentemente inativa. Além disso, tem boa capacidade de tamponamento ácido. Portanto, o consumo de água alcalina pode trazer benefícios terapêuticos para pacientes com refluxo.”

Mas lembre-se que o nosso corpo não se adapta bem com essa mudança de pH, pois o nosso corpo é designado para ter mais acidez gástrica e não básica.

Assim é a forma ácida é a correta para se assimilar nutrientes e evitar proliferação de bactérias indesejáveis na mucosa gástrica. Portanto, consuma normalmente água pura, com pH entre 6 e 8.

– Vinagre de maçã        

Deve ser natural, não filtrado, com acidez entre 5 e 6%.

Use 1 colher de sopa em 1 copo de água antes das refeições.

– Suco de babosa    

O suco dessa planta, desinflama o que alivia os sintomas.

Consuma cerca de 1 xícara de suco de babosa antes das refeições.

– Astaxantina   

Reduz os sintomas, em especial no caso dos indivíduos com H. Pylori.

A dosagem recomendada pelas pesquisas é 40 mg/dia.

– Gengibre    

Tem ação gastroprotetiva para os casos de infecção de H. Pylori.

Use 3 fatias de gengibre fresco adicionadas a 2 copos de água quente, devendo deixar repousar por 5 minutos. Beber cerca de 20 minutos antes das refeições.

– Papaia       

Por conter papaia, uma enzima que degrada proteína e carboidrato pode ser útil. Pode ser usado em suplemento.

– Abacaxi  

A presença da enzima proteolítica Bromelaina tem ação anti-inflamatória e ajuda a manter o movimento normal do transito gastrointestinal.

– Glutamina 

Este aminoácido protege a mucosa gástrica por agressão causada pelo H. Pylori, presente em diversos alimentos como carne vermelha, laticínios, frango, ovos, peixes e certas frutas e vegetais.

Encontrado também como suplemento.

– Vitamina D

Importante na saúde do trato digestivo. Em ótimos níveis, promove produção de peptídeos anti-microbianos, que ajudam na erradicação das infecções gastrointestinais.

Caso você esteja usando medicações para reduzir a acidez, como os PPIs, converse com o seu médico, para que ele determine o momento e como reduzir o remédio.

Assim você evita efeito rebote, no qual haverá aumento de dores gástricas.

 

Referências bibliográficas:

– Time. September 7, 2017

– Boston Medical Center. Laryngopharyngeal Reflux

– Journal of the American Medical Association Otolaryngology – Head & Neck Surgery September 7, 2017

– Annals of Otology Rhinology and Laryngology. July 2012; 121(7): 431-4

– British Journal of Clinical Pharmacology. January 5, 2017; 83: 1298–1308

– HealthDay, January 5, 2017

– Phytomedicine June 2008; 15(6-7): 391-9

www.drrondo.com/vinagre-de-maca-solucao-azia-indigestao-refluxo-gastrico/

www.drrondo.com/acidez-estomacal/

www.drrondo.com/um-segredo-saboroso-contra-o-refluxo/

www.drrondo.com/nao-abra-mao-da-vitamina-d/

< Artigo AnteriorPróximo Artigo >