Tudo em excesso é prejudicial, inclusive a proteína

As pessoas estão, cada vez mais, optando por uma alimentação rica em proteínas; elas têm apostado em dietas onde o consumo da proteína está acima do ideal, e isso vem causando danos à saúde que vão desde o ganho de peso, passando pela sobrecarga renal e chegando à perda de minerais nos ossos, como consequência do excesso de acidez gerado.

É evidente que precisamos de proteína em nosso organismo, afinal, ela é fundamental para que consigamos os aminoácidos necessários para a geração de músculos, ossos e diversos hormônios. Mas, como o velho ditado diz, “tudo em excesso é prejudicial”, e a proteína não foge á regra.

Conforme vamos envelhecendo, precisamos consumir quantidades suficientes (veja bem, eu disse suficientes), uma vez que há uma diminuição normal e natural da capacidade de aproveitarmos as proteínas ingeridas.

Para a preservação da massa muscular magra, que é perdida com o envelhecimento, precisamos ingerir quantidades adequadas de proteínas, em especial a proteína animal, proveniente do consumo de carne de animais criados no pasto. Porém, o que temos visto é um aumento do consumo dessa proteína proveniente de animais criados em confinamento, onde a qualidade é bastante inferior, devido a sua composição nutricional e também pelo desequilíbrio dos ácidos graxos essenciais ômegas 3 e 6. Vale acrescentar que este produto também é baseado numa alimentação com grãos transgênicos.

Portanto, se quer mesmo manter sua saúde em dia, procure consumir proteína de forma moderada, dentro dos padrões indicados, e dê preferência aos produtos de animais criados com pastagem natural.

Excesso de proteína não é indicado

Entre as diversas razões para não consumirmos proteína em excesso está a condição de que este consumo exagerado, além do que o nosso corpo necessita, se transforma em açúcar e em seguida é depositada como gordura. Além disso, há também o aumento da glicemia que alimenta bactérias e fungos indesejáveis como a Candida Albicans e estimula o crescimento de células cancerosas, por estimular um importante processo enzimático chamado mTOR (alvo da rapamicina em mamíferos). Quando ingerimos uma quantidade adequada de proteína, essa enzima se mantém inibida.

Outro ponto importante é o fato de que com o consumo excessivo de proteína o seu corpo vai precisar retirar os bioprodutos tóxicos de nitrogênio do seu sangue, o que sobrecarrega os rins.

Quantidade adequada de proteína prolonga a vida

Já não é de hoje que sabemos que a restrição calórica é a melhor forma de se conseguir longevidade. Devemos consumir proteína com moderação se quisermos promover um equilíbrio maior entre os aminoácidos da alimentação favorável a esse objetivo.

Se você quer praticar a restrição calórica, sugiro que você conheça a dieta do jejum prolongado, ou dieta cetogênica.

Lembre-se também de consumir a quantidade adequada de proteína, mas também de gordura boa. O desequilíbrio entre ambas causa o que chamamos de proteína tóxica, totalmente nociva para a saúde.

Fontes de proteína

É sempre muito aconselhado usar animais e vegetais como fontes de proteínas isso porque, ela pode ser facilmente encontrada em peixes, ovos, laticínios, legumes, amêndoas e sementes.

No caso dos indivíduos que só optam pela proteína vegetal a possibilidade de se conseguir um bom nível nutricional é muito baixa, segundo os estudos.

Uma pesquisa publicada pelo Journal Nutrition trouxe que as pessoas que consomem uma alimentação exclusivamente vegetariana podem sofrer de desnutrição subclínica por não haver a ingestão correta de enxofre derivado exclusivamente das proteínas de base animal. Tanto a carne, quanto o peixe, são considerados alimentos completos, pois contêm todos os aminoácidos sulfídricos que o nosso corpo precisa para produzir novas proteínas. Ainda de acordo com a pesquisa, a ingestão desses elementos reduz os declínios funcionais do envelhecimento. Homens que consomem grande quantidade de carne de gado e peixe mostraram uma redução de 39% no risco de declínio físico e mental quando comparados com outros que consomem pouca ou nenhuma proteína animal. Portanto, é fundamental que exista um equilíbrio entre as fontes proteicas animais e vegetais, pois ambas podem trazer benefícios.

Em relação à proteína animal, lembre-se sempre que precisamos pensar em quantidade, mas sem se esquecer da qualidade. Dê preferência para carnes de animais criados soltos, com pastagem natural, pois elas apresentam menos contaminação por herbicidas, pesticidas, hormônios, antibióticos e outras drogas. Além disso, as carnes de animais criados em pasto apresentam maior concentração de ômega 3 e de CLA, importantes na prevenção do câncer, bem como de vitaminas do complexo B, tiamina e riboflavina e vitamina E.

Whey Protein como opção

Entre as fontes riquíssimas em proteína de alta qualidade está o Whey Protein. Ele é rico em imunoglobulinas, lactoferrina, além de outros precursores de glutationa, a principal enzima antioxidante endógena.

O Whey Protein é uma ótima fonte proteica também para os atletas, pois possui uma alta concentração de leucina, fundamental para o crescimento e reparação muscular.

Mas, atenção! Nem todo Whey é igual.

Os produtos que são fabricados com aminoácidos isolados não são a melhor fonte de proteína; muitos Wheys desse tipo contêm proteínas na forma espacial inadequada (isômeros). Além disso, a forma de processamento desse Whey, através de sistemas acidificantes, contêm adoçantes artificiais, metais pesados (chumbo, mercúrio, arsênio e cadmio) e outros produtos químicos não recomendados, o que compromete não só o resultado, mas gera graves problemas de saúde.

Procure usar um Whey que seja integral e minimamente processado e sem os componentes mencionados acima, e que também tenha como matéria prima as proteínas originadas de vacas criadas em pasto e sem hormônios e antibióticos.

O segredo é consumir quantidades adequadas de proteína, carboidratos e muita gordura saudável, e com isso melhorar o máximo a sua saúde!

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Referência bibliográfica:

– J. Anim Sci   Jun 5, 2009

– Livestrong     Out 21, 2013

– CDC: Protein

– Livestrong     Jun 2, 2014

– J. Am Geriatric Soc.  Mar 2014

– JAMA  April 2014

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