Será que estamos nos aproximando da cura da fadiga crônica?

Quem sofre com a síndrome de fadiga crônica (SFC), ou mais popularmente conhecida como fibromialgia, sabe o quanto as dores pelo corpo são insuportáveis.

Isso acontece, pois, essa doença leva à produção descontrolada de cortisol e adrenalina, hormônios que causam perda óssea, degeneração dos discos vertebrais, dores musculares e tendinites. Sob constante pressão, as glândulas adrenais entram em colapso, os sintomas pioram, as pessoas sofrem.

Para tentar amenizar esse sofrimento, a ciência está numa corrida frenética para conseguir encontrar uma cura ou um tratamento eficaz que possa dar um jeito nesse problema.

Infelizmente, ainda estamos longe dessa realização, mas pelo menos já temos noção de que estamos no caminho certo.

Digo isso pois pesquisadores britânicos já acenderam uma luz nesse sentido com a publicação de um estudo no Journal of Clinical Pathology. Esse estudo não é tão recente, mas nele os pesquisadores mostraram a diferença na expressão gênica nos glóbulos brancos de pessoas com acometidas pela síndrome.  

Eles analisaram mais de 9.500 genes e encontraram diferença em 35 deles. A partir daí eles refinaram ainda mais as pesquisas e descobriram que, 15 dos genes com essas diferenças, eram até quatro vezes mais ativos do que o normal em pessoas com fibromialgia. Eles perceberam que os genes identificados desempenham um papel no processamento de energia no corpo.

Embora o estudo fosse pequeno naquele momento (com apenas 50 participantes), seus resultados despertaram a esperança dos estudiosos que estão agora repetindo o estudo em mil pacientes com SFC e controles saudáveis. Eles saltaram de 9.500 para cerca de 47.000.

A expectativa é que com os novos resultados, os pesquisadores alcancem um exame de sangue capaz de identificar a fibromialgia e, quem sabe, um tratamento melhor e mais assertivo.

Enquanto isso, é preciso insistir na atitude preventiva e corretiva para combater as alergias alimentares, cada vez mais comuns devido à toxicidade contida nos alimentos. É preciso também abandonar maus hábitos, como fumo e álcool, beber água de qualidade e combater os radicais livres.

Algumas pessoas melhoram com a simples eliminação de um ou mais alimentos da dieta, outras precisam de tratamentos mais efetivos, como injeções de substâncias antioxidantes, que têm mostrado resultados encorajadores.

A prática de atividades aeróbicas, de 20 a 30 minutos, por pelo menos cinco vezes na semana, também é uma ótima aliada nesses casos.

Cuide-se! Olhe mais pra você! Enquanto não surgir um tratamento ou um exame certeiro, o seu autocuidado fará toda a diferença para uma supersaúde!

 

Referências Bibliográficas

Antioxidantes contra a fibromialgia – www.DrRondo.com

National Institute of Neurological Disorders and Stroke (NINDS). “Chronic Fatigue Syndrome Fact Sheet.” National Institutes of Health. Accessed March 7, 2023. https://www.ninds.nih.gov/Disorders/Patient-Caregiver-Education/Fact-Sheets/Chronic-Fatigue-Syndrome-Fact-Sheet.

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Maes, Michael, Michael Berk, Piotr Galecki, Michael Maes, Marta Kubera, and George Anderson. “Lymphocyte subsets in chronic fatigue syndrome/myalgic encephalomyelitis.” Cytometry Part B: Clinical Cytometry 74, no. 2 (2008): 104-107.

Garg, Rakesh, and Sunil K. Verma. “Understanding fibromyalgia syndrome: An update on diagnosis and management.” Journal of Family Medicine and Primary Care 7, no. 1 (2018): 1.

Smith, Malcolm E., Donald R. Staines, and Sonya Marshall-Gradisnik. “ME/CFS and FM: a functional medicine approach.” Journal of functional medicine 2, no. 3 (2020): 184-191.

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