Medicina preventiva na infância

Não é raro crianças apresentarem sintomas de estresse que podem se manifestar de muitas maneiras, como irritabilidade, falta de sono, preguiça, cansaço e inapetência. É que o mundo moderno cobra seu preço também de nossos filhos, que se alimentam mal, têm atividades demais para seus poucos anos, vivem em clima de insegurança pela violência cada vez maior no nosso dia-a-dia.Diante desse quadro, a medicina preventiva pode ser de grande ajuda para as crianças. Preocupa-se basicamente com a nutrição, buscando conscientizar os pais de que uma alimentação equilibrada as fará crescer com mais saúde e vitalidade. Num mundo repleto de produtos alimentícios que nos conquistam pelo sabor, mas que são pobres em nutrientes, isso é muito importante.

Light nem sempre é melhor

O medo de engordar tem sido responsável por uma verdadeira invasão dos chamados alimentos light. Só que é ilusão pensar que eles sejam iguais aos seus similares orgânicos e naturais, ou que seu uso constante não desencadeie efeitos colaterais indesejáveis. Aqueles cuja redução calórica se dá pela substituição do açúcar por aspartame trazem sérias ameaças à visão e ao sistema nervoso central, além de estarem relacionados ao surgimento de câncer, principalmente de tireóide.Já os chamados low fat, com menores índices de gordura, são alvos de estudos que evidenciam aumento no nível de colesterol ruim, associado a seu consumo. Se a intenção é emagrecer, sem prejuízo para a saúde, a dica é seguir as recomendações do livro Fazendo as Pazes com Seu Peso, de Wilson Rondó Jr., ed. Gaia.

Maçãs – Saudável tentação

Duas maçãs frescas por semana, comidas ao natural e com casca, podem fazer milagres pelo seu bem-estar. Além de ricas em fibras, elas possuem grande concentração de elementos antioxidantes, capazes de proteger contra o câncer e problemas pulmonares, como a asma. Popularmente já consagrada como alimento saudável, a tentadora fruta acaba de receber também o endosso de dois importantes estudos científicos.Os pesquisadores descobriram que os polifenóis presentes na casca da maçã inibem em até 50% a ocorrência de lesões celulares que podem levar ao câncer de cólon. Sua alta concentração de fibras seria responsável ainda pela diminuição do risco de câncer intestinal. Uma única fruta concentra 1,5 g de vitamina C – o que equivale a quinze vezes mais do que a recomendação mínima diária desse poderoso antioxidante. Para completar, o consumo sistemático de maçã pode reduzir de 22% a 32% a ocorrência de crises de asma . Pecado é não comê-las!

Ovo: de vilão a protetor da saúde

Não é verdade que ovos elevam riscos cardíacos porque aumentam o colesterol. Ocorre, sim, um acréscimo tanto do mau colesterol, o LDL, quanto do bom, o HDL, mas a relação entre eles se mantém intacta e é o que importa.Ovos são ricos em carotenóides amarelos e laranjas, que reduzem em mais de 20% a incidência de catarata e em mais de 40% a degeneração macular do envelhecimento. Contêm vitaminas a, e e do complexo b e são uma das principais fontes de colina, essencial para a integridade de todas as células e para o desenvolvimento cerebral, especialmente na gravidez e amamentação, quando caem as reservas maternas.

Um óleo muito rico

Embora rejeitado por algumas correntes, pelo alto teor de gordura saturada, o óleo de coco é uma opção saudável para o preparo de alimentos.O rico em gorduras saturadas, o óleo de coco foi banido das chamadas dietas saudáveis porque, em tese, favoreceria o bloqueio de artérias e o risco de doenças coronarianas. A evolução das pesquisas, porém, vem mostrando que uma alimentação pobre em gorduras não é a resposta para prevenir problemas cardiovasculares. E, embora a mídia insista em dar voz a uma mania antigordura, muitos cientistas já começam a cobrar a definição de novas diretrizes alimentares. Nesse novo cenário, o óleo de coco tem tudo para sair da posição de vilão diretamente para o papel de herói. Motivos não faltam. Suas altas concentrações de ácido láurico, por exemplo, têm efeito antiviral, antibacteriano e antifúngico. Ele também é rico em vitamina e e possui um poderoso efeito antioxidante. Além disso, conserva-se por longos períodos, sem necessidade de refrigeração ou de outros cuidados especiais. Mas… e a gordura saturada? De fato, o óleo de coco é pródigo nessa substância, mas quase 2/3 de sua gordura saturada é composto por ácidos graxos de cadeia média – os mesmos do leite materno. Significa que ela é de fácil digestão pelo organismo, gera energia rapidamente e tem efeito benéfico sobre o sistema imunológico. Portanto, longe de prejudicar o organismo, a gordura saturada do óleo de coco é uma promotora da saúde. Além de motivos mercadológicos, o conceito negativo que se criou em torno do óleo de coco tem a ver com pesquisas realizadas com gordura de coco hidrogenada – esta, sim, tremendamente nociva. Como todo óleo que passa por processo de hidrogenação (o mesmo usado para a produção das margarinas), também o de coco torna-se rico em gorduras trans, que causam oxidação e prejudicam o equilíbrio entre o bom e o mau colesterol. Para usufruir dos seus benefícios, portanto, é preciso saber escolher. Na hora de comprar, certifique-se de que está adquirindo um óleo de origem orgânica e extraído a frio – do tipo “virgem”. Dispense produtos refinados e que tenham passado por processo de desodorização. No mercado nacional, pode ser difícil encontrar um produto com as melhores características, mas vale a pena procurar em lojas de produtos naturais e grandes supermercados.