Na medida em que o tempo vai passando, mais e mais pessoas prosseguem estressadas por causa da pandemia.
Em muitos locais, o isolamento social até já foi reduzido, mas isso não se refletiu necessariamente na redução da angústia.
Afinal, a Covid-19 ainda é uma realidade, e só o fato do mundo não ter conseguido controlar os riscos já é suficiente para deixar a todos em estado de alerta.
A verdade é que a pandemia gera estresse por vários fatores, como:
- Isolamento e redução dos encontros com familiares e amigos;
- Mudança repentina na forma de trabalhar, como a adoção do home office;
- Perda de emprego;
- Redução de atividade física e sedentarismo.
E por aí vai…
Logo, temos um outro problema que também não deve ser deixado de lado… Todo esse estresse!
Quando ocorre de forma contínua, há liberação excessiva de cortisol, o hormônio do estresse, o que traz prejuízos à saúde, como:
- Aumenta a glicemia;
- Degradação muscular;
- Perda óssea;
- Piora no sistema imunológico, aumentando a susceptibilidade a infecções, alergias e doenças degenerativas;
- Redução de libido;
- Ganho de peso;
- Aumenta risco de câncer;
- Distúrbio do sono;
- Ansiedade;
- Piora da função cognitiva.
Então, você está certo em se preocupar com a Covid-19, mas é urgente que também fique de olho em quanto estresse ela está lhe causando, pois é um problema que também pode custar caro!
Como reduzir o estresse na pandemia
Diante dessa situação inédita na vida da maioria das pessoas, como promover redução do estresse?
Pesquisadores da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, tem uma dica simples: compreender e lidar com as próprias emoções.
Em um estudo, que foi publicado recentemente, eles entrevistaram 485 pessoas no país, pedindo-lhes que descrevessem suas experiências com várias situações decorrentes da pandemia do coronavírus.
Foram descritas sensações que iam desde tremores e suores, até preocupações com o pagamento das contas de casa, por exemplo.
Assim, os pesquisadores conseguiram mapear diversos tipos de situações que levavam ao estresse e como esses voluntários lidaram com elas.
As conclusões mostraram que aqueles que tinham maior “flexibilidade psicológica” tinham também menos estresse.
Traduzindo, manter a calma e saber que é algo passageiro, lidando com as emoções negativas, era uma característica dos voluntários menos angustiados:
“Se você é criativo ao tentar falar com sua família remotamente em vez de pessoalmente, mas fica ressentido com isso o tempo todo e acha que é uma droga, isso vai causar mais angústia. Mas se você estiver disposto a dizer: ‘OK, isso não é exatamente o que esperávamos, mas vamos tirar o melhor proveito disso’, esses são os valores e a parte da abertura [psicológica]. É a combinação necessária”, comenta Emily Kroska, psicóloga clínica da Universidade de Iowa.
Portanto, a palavra de ordem é manter contato e ser compreensivo com suas próprias emoções.
Mas, como fazer isso e reduzir o estresse?
Sim, eu sei que esse pedido pode ser complicado para alguns. Nem todos estão aptos a lidarem bem com as próprias emoções, ainda mais em tempos incertos como estes.
Mas existem diferentes formas de se concentrar e chegar ao objetivo, reduzindo os seus níveis de estresse.
Você pode tentar, por exemplo:
Mindfulness – a técnica de meditação que leva a mente a focar no presente, com resultados comprovados para redução de estresse. (Saiba mais aqui).
Meditação – pesquisas mostram que a meditação frequente reduz os níveis de estresse de forma semelhante a quando tiramos férias, com a diferença de ter um resultado também frequente.
Atividade física – promove gasto energético e ajuda a te deixar também menos estressado, além, é claro, de todos os outros benefícios para a saúde.
Alimentação saudável – nutrição adequada é fundamental para se enfrentar o estresse. Priorize também estratégias detox, para remover toxinas do organismo que comprometem o seu mecanismo de auto reparação.
Melhorar a ecologia intestinal – Muitas pessoas estressadas costumam apresentar Disbiose intestinal, o que compromete a reação ao estresse, assimilação nutricional e antioxidante, além do aumento de queda imunológica e redução de produção de serotonina.
Fique atento. Levar uma vida menos estressada é essencial em qualquer momento, mas se torna ainda mais importante em períodos complicados como o que passamos.
Supersaúde!
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Referências bibliográficas:
- Kroska, Emily B., et al. “Psychological flexibility in the context of COVID-19 adversity: Associations with distress.” Journal of Contextual Behavioral Science 18 (2020): 28-33.
- Stay in touch with your emotions to reduce pandemic-induced stress. Eurekalert.org, 21 out. 2020.
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