A humanidade não evoluiu apenas caçando e cuidando de suas necessidades materiais. Ao longo dos milênios também cultivamos o hábito de contar e ouvir histórias. A prova disso é mostrada nas pinturas das cavernas, por exemplo. E talvez venha daí nosso gosto por assistir filmes e séries de TV.
O mercado de cinema é um dos maiores do mundo já faz mundo tempo, como Hollywood tem mostrado. Por outro lado, cada vez mais as séries de TV fazem sucesso e criam uma verdadeira legião de fãs.
Mas será que esse hábito faz bem para você? O que acontece quando assistimos esse tipo de entretenimento?
Prazer e saúde
Evidentemente, a primeira coisa que podemos falar sobre o assunto é a sensação prazerosa ao assistir a um filme ou série que gostamos. Essa diversão reduz seu nível de cortisol, o hormônio relacionado ao estresse.
Ter o cortisol controlado protege de risco cardiovascular e doenças como o Alzheimer. Além disso, diminui também seu risco de ganho de peso e as consequências que esse excesso pode trazer para sua saúde.
Como seu cérebro reage?
Segundo a neurocientista brasileira Suzana Herculano-Houzel, quando você assiste a um filme ou série que te faz pensar, obviamente seu cérebro se ativa em busca de questionamentos e avaliações, o que é bom para o exercício mental.
Mas mesmo as comédias, que tem a intenção apenas de nos fazer rir, ajudam a mente a trabalhar – e muito. É que para achar graça, seu cérebro precisa acessar a área em que se encontra contexto da piada para que você possa entendê-la.
Ao mesmo tempo, são ativadas outras áreas, como o sistema de recompensas que cuida da sensação de prazer e aquelas relacionadas às sensações corporais. O resultado é que rir, na verdade, é um baita exercício para sua cuca!
É claro que ninguém está dizendo para você assistir filmes o dia inteiro, nem passar horas e mais horas em frente à televisão (ou ao celular, tablet etc.). Mas assistir ao que se gosta em alguns momentos de lazer pode realmente lhe fazer bem. Pense nisso e divirta-se!
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Referências bibliográficas:
- Revista Mente e Cérebro. Agosto de 2013.
- Lancet, February 6, 1999;353:455-458.
- Comp. Biochem. Thysiol., 1989;94A(4):569-574
- Internal Medicine World Report, 1992;7(8):13-41.
- British Journal of Hospital Medicine, 1996;55(9):571-574.
- Postgraduate Medicine, January1991;89(1):159-164
- Annals of Medicine, 1994;26:1-3.