Saúde Óssea e Microbioma Intestinal

Cada vez mais os estudos continuam elucidando realmente os mecanismos   entre microbioma intestinal e a comunicação com as células ósseas.

Os tecidos do sistema esquelético são intrinsecamente ligados com o intestino e sua flora intestinal, assim como vários tecidos de outros órgãos.

As patologias do sistema ósseo, como osteoporose, artrite reumatoide e osteoartrite, estão associados diretamente com a disbiose do intestino.

Além disso, pacientes com doença inflamatória crônica do intestino tendem a ter maior risco de osteoporose.

Ou seja, o equilíbrio da microbiota intestinal, influência diretamente a homeostase óssea, garantindo a reparação óssea ou não.

Importância do microbioma intestinal nos ossos.

– Os pesquisadores mostram que essa comunicação entre microbioma e homeostase óssea, garantem ação dos osteoblastos ser maior que a ação dos osteoclastos, com isso garantindo boa remodelação óssea.

Ou seja, forma mais osso sólido, do que se rarefaz.

– Além disso, a composição da microbiota do intestino, impacta na absorção dos nutrientes, promovendo aumento de assimilação de cálcio, magnésio e fosforo, vitais na saúde óssea.

– Durante o processo de fermentação, os micróbios intestinais produzem numerosos compostos bioativos, que são importantes para a saúde óssea, como vitaminas do complexo B e vitamina K.

– As bactérias intestinais produzem também ácidos graxos de cadeia curta (ácido Butirico), importantes na regulação dos osteocitos e massa óssea. Os estudos indicam que esses ácidos graxos inibem a reabsorção óssea através da regulação da diferenciação dos osteoclastos e estimulam a mineralização óssea.Age também ativando celulas Treg (potencializadoras de celulas tronco nos ossos). – Hormônios produzidos no intestino pela presença de bactérias boas, desempenham um papel importante na homeostase e metabolismo ósseo.

Restaurando a microbiota

A primeira medida, sempre é se possível, através da alimentação, evitando-se uma dieta à base de carboidratos refinados e açúcares.Dar preferência ao consumo de gorduras boas (manteiga, óleo de coco, banha de porco de animais à pasto e óleo de oliva) em moderação, assim como as proteínas, além da abundância de vegetais.Há diversos estudos mostrando que a dieta do mediterrâneo tem um ótimo impacto na saúde óssea. Consuma alimentos fermentados como:

  • Zenkoô (bebida orgânica fermentada por método natural)
  • iogurte de leite cru de animais a pasto, além de outros lácteos cultivados como queijo e kefir, uma bebida láctea fermentada
  • chucrute, picles e outros vegetais fermentados
  • kimchi, natto e kefir
  • sopa de missô

– Probióticos: segundo uma meta analise de 44 estudos, o consumo de probióticos, afeta positivamente os parâmetros de saúde óssea, os mais indicados neste caso são os Bifidumbacterium e Lactobacillus. – Prebióticos: o consumo de vegetais e de fibras ricas em Inulina e oligofrutose, presentes em alcachofras, aspargos, cebola e bananas, agem alimentando os probióticos para se desenvolverem.

 

Referências bibliográficas:

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