Probióticos Reduzem Risco de Sepse em Bebês

Anualmente, milhões de pessoas desenvolvem sepse e até metade delas morre por infecções sistêmicas.

O motivo inicial pode ter sido uma bronquite, amigdalite, pneumonia ou infecção em qualquer outra parte do corpo. E o mais frequente é que isso ocorra dentro dos hospitais.

A sepse não escolhe idade, podendo ocorrer em praticamente qualquer pessoa, incluindo bebês.

Com o excesso de uma alimentação industrializada e açúcar, associados ao excesso de medicações como protetores gástricos, anti-inflamatórios e analgésicos opiáceos, promovemos uma enorme destruição de bactérias boas intestinais. Ao mesmo tempo, promovemos uma proliferação excessiva de bactérias desfavoráveis.

Como se tudo isso não bastasse, temos tido um uso excessivo e indiscriminado de antibióticos, o que comprometeu ainda mais a nossa ecologia intestinal, nos colocando em crescentes condições nas quais não conseguimos mais nos defender adequadamente.

Muitas vezes isso pode resultar em alterações permanentes no metabolismo, causando uma série de problemas de saúde na idade adulta. E mais: essa disbiose intestinal tão presente atualmente tem nos deixado sem condições para que o nosso corpo possa se defender.

Sepse nos bebês

Precisamos entender que esse declínio de micróbios intestinais já começa com erro alimentar da mãe, no nascimento do bebê. O uso crescente de cesarianas já priva o recém-nascido da exposição ao microbioma materno, que é absorvido quando o bebê passa pelo canal do parto.

Além disso, se não houver amamentação, certamente o problema aumenta, já que o leite materno ajuda a semear o microbioma intestinal do bebê com bactérias saudáveis ​​e açúcares indigestos que alimentam as bactérias.

No caso da mãe fazer uso de antibióticos durante a gestação, ou logo após o nascimento do bebê e realizar a amamentação, também haverá desequilíbrio das bactérias intestinais, tanto da mãe quanto do bebê.

Essa situação acaba por estimular diabetes tipo 1, autismo, obesidade, doenças inflamatórias intestinais, alergias alimentares e etc. Devemos sempre nos lembrar que a infância é um momento crítico em que o microbioma intestinal é desenvolvido.

Como agem os probióticos

As pesquisas mostram que os probióticos são a verdadeira solução preventiva para se evitar o número crescente de infecções e até sepses, quando se acaba recorrendo a antibióticos.

Já as bactérias boas (probióticos):

  • controlam as bactérias ruins que podem ultrapassar o intestino do bebê.
  • formam um biofilme, impermeabilizando a parede intestinal, impedindo assim a entrada de bactérias nocivas na corrente sanguínea.
  • reforçam e promovem uma maturação mais saudável do sistema imunológico do bebê.

Além disso, os estudos mostram um potencial muito grande de defesa quando se usa alimentação e suplementação probiótica para recém-nascidos. Uma pesquisa que se utilizou dessa estratégia, por exemplo, mostrou redução importante do risco de sepse e morte em uma semana.

O que fazer?

Se você deseja obter os benefícios dos probióticos, para você e para o bebê, siga estas diretrizes…

Coma alimentos probióticos. Estes incluem iogurte e kefir, legumes em conserva, como kimchi e chucrute, tempeh e missô.

Coma alimentos prebióticos. A fibra nestes alimentos basicamente permanece inalterada através do estômago e intestino delgado e atua como combustível para bactérias saudáveis ​​no cólon. Alimentos prebióticos incluem cebola, alho-poró, alho, espargos, alcachofra de Jerusalém, banana, trigo integral, inhame e batata-doce.

Suplemento probiótico:

  • é imprescindível nos dias atuais o uso de suplementos probióticos.
  • procure um que contenha especialmente Lactobacillus acidophilus, que garanta 200 milhões de CFUs (unidades formadoras de colônia).

O produto precisa ser confiável, que garanta que essas bactérias vivas cheguem ao colón ainda eficazes, pois mais de 40% desses produtos não se mostram eficientes nos testes. Cultive as boas bactérias! Elas podem salvar a sua vida e a vida do seu bebê.

Referências bibliográficas:

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