Por acaso você já percebeu que quando você frequenta um salão de beleza, ou mesmo trabalhe em um, sente dores de cabeça, tontura, irritação nos olhos ou fog mental?
De acordo com uma publicação da Scientific American:
“Produtos químicos dentro de colas, removedores, polimentos e produtos de salão de beleza – que os técnicos são frequentemente expostos em estreita proximidade e em espaços mal ventilados – podem ser perigosos individualmente. Quando combinados, no entanto, eles podem causar danos ainda maiores. É difícil saber como esses produtos químicos afetam o corpo, porque as avaliações atuais não examinam essas substâncias de forma abrangente. Também há poucos relatos observando como cada composto afeta individualmente os trabalhadores das unhas ”.
Com essa exposição a esses produtos químicos, é frequente o comprometimento de saúde, com aumento de queixas especialmente a nível respiratório, cutâneo e até musculoesqueléticos, além de dores de cabeça.
Uma publicação no Journal of Immigrant e Minority Health comenta que:
“Os distúrbios musculoesqueléticos, problemas de pele, irritação respiratória e dores de cabeça foram comumente relatados como relacionados ao trabalho, assim como má qualidade do ar, poeira e odores ofensivos. O relato de um sintoma respiratório relacionado ao trabalho foi significativamente associado ao relato de fatores de exposição, como a pior qualidade do ar. A ausência de desordens da pele foi associada ao uso de luvas e os sintomas musculoesqueléticos foram associados a anos trabalhados como técnico em unhas. Os efeitos à saúde relacionados ao trabalho podem ser comuns no trabalho de salão de beleza.”
4 perigos invisíveis no seu salão de beleza
Isso não atinge unicamente funcionários de salão de beleza, mas também as mulheres que usam produtos de esmalte ou frequentam os salões.
Os produtos químicos são:
1. Fitalato de dibutilo (DBP)
Este produto é usado em esmaltes porque aumenta a flexibilidade e o brilho das unhas.
Em uma avaliação do Environmental Working Group (EWG) em 2000, aonde se avaliou esmalte de 22 empresas americanas, 37 esmaltes continham dibutilftalato (DBP).
Nas 289 pessoas avaliadas, todas apresentavam DBP em seus corpos, o que está correlacionado com aumento de risco de defeitos congênitos em animais.
Isso é preocupante especialmente em mulheres em idade fértil.
Esse químico está também correlacionado com danos reprodutivos ao longo da vida em ratos machos, além de lesar os testículos, a próstata, o epidídimo, o pênis e as vesículas seminais em animais.
2. Tolueno
O tolueno é usado para dar polidez no acabamento da unha. É feito de petróleo ou alcatrão de carvão.
A exposição crônica a este produto está ligada à anemia, à diminuição da contagem de células sanguíneas, ao dano hepático ou renal e pode afetar um feto em desenvolvimento.
3. Formaldeído
É usado em esmalte como endurecedor e conservante. Pode causar irritação da pele, dos olhos e das vias respiratórias e está associado à leucemia.
4. Compostos Metacrilato
Metacrilato de etilo (EMA) é usado para fazer unhas artificiais. Está ligado a alergias, asma e dermatite, e só deve ser aplicado em uma mesa de trabalho ventilada (se houver).
Dicas para reduzir o risco de exposições químicas
Colocar plantas em salões de beleza pode servir como maneira econômica e ajudar a proteger trabalhadores e clientes de emissões tóxicas nesses ambientes.
Essa estratégia de limpeza do ambiente foi inicialmente estudada pela NASA e seguida de diversas universidades, sendo atualmente conhecida como fitoremediação.
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Esta solução não é apenas econômica, mas super eficaz também.
Aproveite este momento para repensar também no ambiente de sua casa, e preste bastante atenção à sua alimentação.
- Enfatize comidas orgânicas.
- Use produtos de animais criados a pasto, livres de transgênicos, fertilizantes sintéticos e hormônio do crescimento.
- Evite embalagens plásticas e alimentos enlatados.
- Use um filtro de água eficiente como o de osmose reversa, que retira metais e químicos da água.
E Supersaúde!
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Referências bibliográficas:
- Scientific American May 12, 2015
- Journal of Immigrant and Minority Health August 2008, Volume 10, Issue 4, pp353-361
- Environ Health Perspect. 2003 Jul;111(9):1148-51.
- www.drrondo.com/xenobioticos-o-perigo-que-tem-se-tornado-parte-da-sua-familia/
- www.drrondo.com/6-passos-desintoxicacao-metais-pesados/