Será que as fórmulas infantis são mesmo uma boa ideia? Mãe, você bem sabe a importância que é alimentar seu bebê durante seus primeiros anos. Isso causa um impacto positivo, importante no desenvolvimento e saúde do seu bebê a longo prazo.
Certamente o ideal é que todas as mães façam o possível para amamentar exclusivamente por pelo menos seis meses ou mais, pelos benefícios que a amamentação traz não só para a criança, mas para a mãe também.
Porém, quando não podem amamentar, por suspeita de alergia ou sensibilidade ao leite, muitas recorrem a fórmulas infantis.
Fórmulas infantis comerciais
1. Açúcar refinado e frutose – Aconselho que evitefórmulas infantis comerciais, pois a imensa maioria apresenta alta concentração de açúcar refinado e frutose processada, semelhante às dos refrigerantes.
Sabidamente isso causa diversos efeitos colaterais como aumento do risco de obesidade, diabetes e outros distúrbio metabólicos a curto e longo prazo. Muitos podem argumentar que no próprio leite materno encontramos açúcares naturais, mas a diferença é que este é cheio de benefícios, pois contém açucares complexos fundamentais para nutrir as bactérias boas, reduzindo os riscos acima.
2. Ingredientes questionáveis – Muitas fórmulas infantis apresentam componentes transgênicos, vitaminas sintéticas, minerais inorgânicos, proteínas excessivas e gorduras nocivas – enquanto faltam nutrientes essenciais para o aumento do sistema imunológico encontrados no leite materno.
3. Maior contaminação por patógenos, metais pesados, arsênico, perclorato etc.
Fórmulas de soja
Além dos pontos anteriores, tem um agravante que é conter até 4.500 vezes mais estrogênios vegetais que o leite materno ou o leite de vaca. Isso equivale a cerca de cinco pílulas anticoncepcionais por dia, o que pode causar sérios efeitos colaterais como:
Um estudo recente publicado na Environmental Health Perspectives novamente levanta questões sobre a segurança das fórmulas infantis de soja. Como observado pelos autores,
“A exposição precoce aos compostos estrogênicos afeta o desenvolvimento do sistema reprodutivo em modelos de roedores e humanos. Produtos de soja, que contêm fitoestrogênios, como a genisteína, são uma fonte de exposição em bebês alimentados com fórmula de soja e resultam em concentrações séricas elevadas.”
O objetivo deste estudo foi determinar se a exposição das meninas à soja durante a infância pode afetar a metilação do DNA nas células vaginais. Como se viu, houve diferenças específicas entre as amostras de células obtidas de bebês alimentados com fórmula infantil de soja e aqueles que receberam fórmula de leite de vaca, levando os pesquisadores a concluir que ‘meninas alimentadas com fórmula de soja alteraram a metilação do DNA no DNA da célula vaginal com diminuição da expressão de um gene responsivo ao estrogênio’”.
Em um recente artigo discutindo este tópico, a jornalista Deborah Blum, ganhadora do Prêmio Pulitzer, escreve:
“A ideia de que os hormônios vegetais – como a genisteína, o principal fitoestrógeno da soja – pode interferir no desenvolvimento dos mamíferos, não é nova. Os biólogos vêm tentando resolver esses efeitos há mais de meio século; um dos primeiros estudos uma descoberta surpreendente de que ovelhas pastando em campos densos com um trevo rico em hormônios poderiam se tornar temporariamente estéreis como resultado de sua dieta.
Heather Patisaul, professora de biologia da North Carolina State University, especializada no estudo de desreguladores endócrinos, observa que efeitos similares podem ser vistos em humanos: mulheres jovens que consomem uma dieta excepcionalmente rica em soja também ocasionalmente ‘desligam seus ciclos menstruais’ e tornam-se temporariamente inférteis. Quando pensamos em disruptores endócrinos, temos que lembrar que eles não são todos compostos sintéticos… A soja é ao mesmo tempo um alimento natural e um hormônio ativo”.
E as consequências disso podem desencadear clinicamente:
- Menarca precoce
- Disfunção tireoidiana pelo excesso de captação de iodo
- Comprometimento do desenvolvimento masculino, por inibição da testosterona
- Doenças autoimunes
- Alergias alimentares e desconforto digestivo
- Asma
- Distúrbios comportamentais, pois a soja contém fitatos, que bloqueiam a absorção de minerais essenciais como cálcio, magnésio, ferro e zinco, fatores cruciais para o bom desenvolvimento cerebral e emocional dos bebês, além do desenvolvimento ósseo.
- Fórmulas infantis de soja contém manganês em excesso, cerca de 200 vezes mais do que no leite materno. Com isso pode se tornar tóxico para a criança, influenciando negativamente a inteligência.
Portanto, deve-se evitar ao máximo o uso de fórmula infantil de soja nos 6 primeiros meses do bebê.
Referências bibliográficas:
- www.drrondo.com/se-quer-engravidar-fuja-da-soja/
- www.drrondo.com/os-perigos-da-soja/
- Diabetes Care March 2008: 31(3); 470-475
- Weston A. Price Foundation December 9, 2015
- Weston A Price December 9, 2015
- Bloomberg February 16, 2012
- Clinical Pediatrics 2016 Mar;55(3):278-85
- Pediatrics January 1998; 101(1)
- FDA.gov, Infant Formula FAQ
- CNN December 20, 2011
- FDA.gov, CFR – Code of Federal Regulations Title 21
- Food Renegade, Formula for Disaster
- Deep Roots at Home June 7, 2015