Se pararmos para refletir, talvez pensemos que de fato manter uma atitude mais positiva pode ajudar no dia a dia.
Mas para confirmar se o senso comum está correto, a ciência precisa ir atrás das provas.
E é isso que pesquisadores da Boston University School of Medicine fizeram.
Eles observaram 233 homens mais velhos em uma pesquisa que durou 14 anos.
No começo, os voluntários precisaram preencher um questionário sobre seus níveis de otimismo com a vida.
E ao longo do tempo da pesquisa, foram catalogando se seu humor estava positivo ou negativo em determinados momentos.
Com esses dados os pesquisadores chegaram a conclusões interessantes…
Em primeiro lugar, viu-se que ser mais ou menos otimista não interferiu em como os participantes reagiam emocionalmente às questões e problemas do dia a dia.
E nem em como eles se recuperavam de situações estressantes…
Então talvez agora você esteja achando: “Será que não adianta nada ser otimista na vida?”
É aí que você se engana.
Porque o estudo concluiu também que:
– Os voluntários que eram mais otimistas simplesmente não se sentiam tão mal-humorados quanto os outros…
– Além disso, se estressavam menos com os problemas.
Resumindo: ser otimista não os deixava “blindados” contra situações estressantes, afinal, problemas acontecem.
A diferença é que eles pareciam estar mais preparados para encarar tudo com mais naturalidade… E com otimismo, é claro.
O lado bom é que com isso se tem mais bem-estar.
E sentir-se bem é um caminho para ser saudável, conforme explica a Dra. Lewina Lee, uma das autoras do estudo:
“Este estudo testa uma explicação possível, avaliando se pessoas mais otimistas lidam com o estresse diário de forma mais construtiva e, portanto, desfrutam de melhor bem-estar emocional”.
Outros segredos para reduzir seu estresse
Como sempre falo por aqui, o estresse é um dos principais problemas do mundo moderno.
E não tentar reduzi-lo pode acarretar problemas para sua saúde, predispondo você até mesmo a ataques cardíacos.
Portanto, veja algumas dicas simples para minimizá-lo:
Meditação: diversos tipos de meditação podem reduzir seus níveis de estresse diários. Os estudos mostram que o mindfulness, por exemplo, é uma boa alternativa nesse sentido.
Alimentação saudável: dê preferência a obter sua energia de gorduras boas e proteínas, incluindo também muitos vegetais. E elimine ao máximo os carboidratos. Não se esqueça também dos alimentos detox.
Ecologia intestinal: consuma probióticos, com bactérias boas que melhoram sua flora intestinal, como laticínios de leite cru e alimentos fermentados. É importante também consumir fibras para manter essa flora saudável.
Diversão: tenha um hobby que você gosta. Vários estudos mostram que isso estimula sua mente e te mantém mais feliz.
Atividade física: além de deixar você em forma, exercitar-se ajuda na liberação de substâncias que regulam o estresse no cérebro.
Durma bem: cerca de 8 horas de sono são necessárias para você ter menos estresse. Certifique-se de dormir no escuro, o que auxilia em um sono de qualidade.
Óleos essenciais: usar um difusor de aroma nos ambientes, com óleos essenciais próprios para ao relaxamento, pode ajudar muito no controle do estresse. Clique aqui para ver alguns exemplos.
Com essas dicas você certamente conseguirá combater o estresse…
E ter uma Supersaúde!
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Referências bibliográficas:
- Lewina O Lee, Francine Grodstein, Claudia Trudel-Fitzgerald, Peter James, Sakurako S Okuzono, Hayami K Koga, Joel Schwartz, Avron Spiro, Daniel K Mroczek, Laura D Kubzansky. Optimism, Daily Stressors, and Emotional Well-Being Over Two Decades in a Cohort of Aging Men. The Journals of Gerontology: Series B, 2022; DOI: 10.1093/geronb/gbac025.
- Boston University School of Medicine. “Optimism may promote emotional well-being by limiting how often one experiences stressful situations: Identifying psychosocial factors that could serve as treatment targets to promote living longer and in good health.” ScienceDaily. ScienceDaily, 7 March 2022.
- Faresjö, T., Strömberg, S., Jones, M. et al. Elevated levels of cortisol in hair precede acute myocardial infarction. Sci Rep 10, 22456 (2020). DOI: 10.1038/s41598-020-80559-9.
- Yang, Fan, et al. “A GABAergic neural circuit in the ventromedial hypothalamus mediates chronic stress-induced bone loss.” The Journal of Clinical Investigation (2020).
- Catherine Monk et al. Maternal prenatal stress phenotypes associate with fetal neurodevelopment and birth outcomes. Proceedings of the National Academy of Sciences Oct 2019, 201905890.