Como emagrecer e manter-se magro

Se fosse fácil, as pessoas não viviam retornando a dietas. E cada vez que o fazem sentem maior dificuldade para emagrecer. Quando heroicamente alcançam o resultado desejado, começa outra batalha: manter o peso.Por que isso acontece e qual o caminho para uma dieta sem sofrimento, com a perspectiva de manter o peso depois, são questões que encontram uma resposta na medicina preventiva molecular.

Qual o seu tipo de dieta?

Qual é o seu tipo de dieta? O maior erro das dietas de moda é ignorar que cada pessoa possui um metabolismo único e, portanto, o que funciona bem para uns pode gerar carências em outrosBasta um gordinho dizer que, apesar do regime, não está emagrecendo para ser alvo de desconfiança. Justiça seja feita, nem sempre bombons ocultos respondem pelo problema. No dia-a-dia dos consultórios, percebe-se que uns emagrecem com a simples redução calórica e outros respondem melhor à exclusão de determinados alimentos.

Light nem sempre é melhor

O medo de engordar tem sido responsável por uma verdadeira invasão dos chamados alimentos light. Só que é ilusão pensar que eles sejam iguais aos seus similares orgânicos e naturais, ou que seu uso constante não desencadeie efeitos colaterais indesejáveis. Aqueles cuja redução calórica se dá pela substituição do açúcar por aspartame trazem sérias ameaças à visão e ao sistema nervoso central, além de estarem relacionados ao surgimento de câncer, principalmente de tireóide.Já os chamados low fat, com menores índices de gordura, são alvos de estudos que evidenciam aumento no nível de colesterol ruim, associado a seu consumo. Se a intenção é emagrecer, sem prejuízo para a saúde, a dica é seguir as recomendações do livro Fazendo as Pazes com Seu Peso, de Wilson Rondó Jr., ed. Gaia.

Um óleo muito rico

Embora rejeitado por algumas correntes, pelo alto teor de gordura saturada, o óleo de coco é uma opção saudável para o preparo de alimentos.O rico em gorduras saturadas, o óleo de coco foi banido das chamadas dietas saudáveis porque, em tese, favoreceria o bloqueio de artérias e o risco de doenças coronarianas. A evolução das pesquisas, porém, vem mostrando que uma alimentação pobre em gorduras não é a resposta para prevenir problemas cardiovasculares. E, embora a mídia insista em dar voz a uma mania antigordura, muitos cientistas já começam a cobrar a definição de novas diretrizes alimentares. Nesse novo cenário, o óleo de coco tem tudo para sair da posição de vilão diretamente para o papel de herói. Motivos não faltam. Suas altas concentrações de ácido láurico, por exemplo, têm efeito antiviral, antibacteriano e antifúngico. Ele também é rico em vitamina e e possui um poderoso efeito antioxidante. Além disso, conserva-se por longos períodos, sem necessidade de refrigeração ou de outros cuidados especiais. Mas… e a gordura saturada? De fato, o óleo de coco é pródigo nessa substância, mas quase 2/3 de sua gordura saturada é composto por ácidos graxos de cadeia média – os mesmos do leite materno. Significa que ela é de fácil digestão pelo organismo, gera energia rapidamente e tem efeito benéfico sobre o sistema imunológico. Portanto, longe de prejudicar o organismo, a gordura saturada do óleo de coco é uma promotora da saúde. Além de motivos mercadológicos, o conceito negativo que se criou em torno do óleo de coco tem a ver com pesquisas realizadas com gordura de coco hidrogenada – esta, sim, tremendamente nociva. Como todo óleo que passa por processo de hidrogenação (o mesmo usado para a produção das margarinas), também o de coco torna-se rico em gorduras trans, que causam oxidação e prejudicam o equilíbrio entre o bom e o mau colesterol. Para usufruir dos seus benefícios, portanto, é preciso saber escolher. Na hora de comprar, certifique-se de que está adquirindo um óleo de origem orgânica e extraído a frio – do tipo “virgem”. Dispense produtos refinados e que tenham passado por processo de desodorização. No mercado nacional, pode ser difícil encontrar um produto com as melhores características, mas vale a pena procurar em lojas de produtos naturais e grandes supermercados.

Ketchup sem culpa

O ketchup é rico em licopeno, um pigmento que dá cor vermelha aos tomates e comprovadamente protege contra câncer de seio, próstata, intestino e pâncreas. Ele também previne a aterosclerose: pesquisadores finlandeses estudaram homens e mulheres de meia-idade e constataram maior comprometimento das carótidas nas pessoas com baixa concentração de licopeno.Como o ketchup é um simples condimento, para ter índices adequados de licopeno acrescente à dieta alimentos ricos nessa substância, como papaia e tomates. Prefira as versões orgânicas de ketchup, que contêm cerca de três vezes mais licopeno do que as não-orgânicas. E, ao ingerir alimentos ricos em licopeno, inclua alguma gordura na refeição, para facilitar sua absorção.