Bebês que Nascem Acima do Peso têm Maior Risco de Alergias

Desde que começaram os estudos sobre o código genético humano, muitos acreditavam que ele traria a resposta para todas as doenças. Mas depois de muita pesquisa, ficou claro que os fatores ambientais eram determinantes, tanto no caso de alergias quanto de outras doenças.

Uma análise recente que demonstra isso é a feita por pesquisadores australianos, que fizeram uma revisão de 42 estudos anteriores sobre problemas alérgicos. Eles encontraram uma relação entre o peso de nascimento dos bebês e a presença de alergias em crianças e adultos.

Os resultados foram claros: levando em conta o peso considerado normal para o  nascimento, cada quilo além disso aumentava em 44% o risco de desenvolvimento de alergias alimentares infantis e em 17% o risco de eczema. Segundo a Dra. Kathy Gatford, que coordenou o estudo:

“É cada vez mais claro que a genética por si só não explica os riscos de desenvolver alergias e que as exposições ambientais antes e próximas do nascimento podem programar indivíduos para aumentar ou diminuir o risco de alergias.

A principal mensagem para as mães é que os bebês grandes correm um risco maior de alergia; portanto, mães com bebês grandes devem procurar aconselhamento sobre a modificação de fatores ambientais para reduzir esses riscos”.

Mas, quais fatores ambientes seriam esses? Vamos a alguns exemplos…

Dicas para melhorar o ambiente e evitar alergias em crianças

Conforme já comentei por aqui, há algumas dicas para minimizar os sintomas ou prevenir alergia nos pequenos – tendo eles nascido ou não acima do peso. Veja algumas delas:

1 – Animais de estimação: pesquisadores descobriram que a incidência de alergias diminuiu com o número de animais de estimação na família. Em casas sem animais de estimação crianças apresentaram 30% de risco de desenvolverem o problema, comparado a uma casa com animais de estimação.

2. Consumo de mel de produção local: publicação no International Archives of Allergy and Immunology mostra que aqueles que consumiam mel local experimentavam menos alergia do que aqueles que comiam mel de qualquer origem. Houve redução de mais de 50% do uso de anti-histamínicos, além de menor manifestação de sintomas alérgicos graves.

3. Leite cru: em estudo realizado na Universidade de Basiléia, na Suíça, aonde se avaliou crianças entre 6 e 12 anos, observou-se que aqueles que bebem apenas leite cru apresentam menor incidência de alergias e asma. Mas este deve ser de vacas criadas a pasto sob condições mais higiênicas possíveis.

4. Manter uma boa ecologia intestinal: a quantidade de bactérias boas e ruins no intestino deve manter um equilíbrio. 85% dos receptores imunológicos estão no intestino, e se forem agredidos, além de comprometerem a saúde digestiva, aumentam o risco de reações alérgicas.  

5. Teste de alergias alimentares: como a alimentação hoje contém muitos conservantes, preservativos, edulcorantse, resíduos transgênicos, lectina de grãos, pesticidas e glúten, é fundamental um teste de alergia alimentar para reduzir os comprometimentos no desenvolvimento físico e mental da criança.

Portanto, mães, pais e responsáveis devem estar atentos para fornecerem aos filhos um ambiente mais saudável. Assim as crianças ficam longe não só das alergias, mas dos vários problemas de saúde do mundo moderno.

Referências bibliográficas:

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