Bebês em Frente a Telas: um Fato Alarmante!

Já comentei por aqui sobre os problemas de vivermos em um mundo superconectado. Temos facilidades tecnológicas, mas isso pode trazer um preço alto para nossa saúde, principalmente pelo excesso de tempo em que passamos em frente às telas de nossos smartphones, tablets e computadores.

Agora, uma realidade alarmante está chamando a atenção dos pesquisadores. É assustador o crescimento do uso de telas por bebês! É claro que, nesse caso, os responsáveis são os pais… Por isso o sinal de alerta!

Pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, analisaram o tempo em que crianças abaixo de 2 anos de idade tem passado em média na frente de telas.

Segundo o estudo, alguns desses bebês passam em média 50 minutos diários assistindo algo. A pesquisa encontrou até mesmo casos de bebês no primeiro mês de suas vidas que são colocados na frente de telas!

Para se ter uma ideia, a recomendação desse tempo de uso para crianças até os 2 anos de idade é simplesmente… Zero! É o que diz a Organização Mundial da Saúde. Bebês não devem ser expostos a esses aparatos tecnológicos!  

Muitos pais têm usado desse artifício para distrair e entreter as crianças. Somado à praticidade de muitos vídeos, aplicativos e jogos para os pequenos, o resultado é este problema absurdo.

De acordo com o Dr. Leigh Tooth, um dos autores da pesquisa, deixar crianças nessa idade na frente das telas de smartphones, tablets e computadores pode torná-las sedentárias e prejudicar seu crescimento e desenvolvimento:

“O tempo de tela representa uma oportunidade perdida em que as crianças podem praticar e dominar uma habilidade de desenvolvimento. Isso é particularmente importante em crianças menores de 2 anos, que não deveriam passar nenhum tempo na frente de uma tela.”

Cuidado com a luz azul artificial

Somado a isso, há o problema da luz azul emitida pelas telas. Essa exposição desregula a percepção de luzes do nosso organismo. Originalmente, somos designados pela evolução a estarmos acordados sob a luz do dia e dormindo durante a noite.

Mas com o excesso de exposição à luz artificial de nossos dispositivos eletrônicos, sofremos com:

  • redução de horas de sono
  • sonolência diurna, com comprometimento das funções
  • obesidade

Se essa é uma realidade para adultos, imagine para aqueles nos primeiros anos de vida! Portanto, é fundamental proteger nossas crianças. Assim como nós também devemos nos precaver dos exageros.

Então fica a dica! E se você quer saber um pouco mais sobre como se cuidar com relação à luz azul artificial, clique aqui para ler um artigo especial sobre o assunto. Supersaúde!

Referências bibliográficas:

  • https://drrondo.com/luz-azul-artificial/
  • Leigh Tooth, Katrina Moss, Richard Hockey, Gita D Mishra. Adherence to screen time recommendations for Australian children aged 0–12 years. Medical Journal of Australia, 2019; DOI: 10.5694/mja2.50286
  • University of Queensland. “Screen time no child’s play.” ScienceDaily. ScienceDaily, 24 July 2019.
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