Atividade Física pode Deixar seu Filho mais Inteligente!

Existe um mito, que muita gente acredita, de que a atividade física “não combina” com a inteligência. Segundo esse ponto de vista totalmente errado, quem faz muito exercício físico não seria tão esperto, enquanto os mais intelectuais não teriam boa disposição para se mover. Alguns acham até mesmo que os exercícios podem tornar alguém menos inteligente!

É claro que isso é um grande absurdo. Como temos visto, a ciência demonstra que na realidade o ditado mais correto é aquele que diz: “corpo são, mente sã”! Eis o que devemos sempre considerar!

No caso das crianças, o pensamento errôneo que falei no início também persiste, talvez até mais do que nos adultos. Ou você nunca ouviu uma mãe, pai ou responsável falando para os filhos que atividades físicas seriam menos importantes do que ficar com a cara nos livros?

Logicamente, ninguém está defendo apenas um lado ou outro. É preciso um equilíbrio entre as atividades físicas e intelectuais. E não é uma questão só de saúde física: uma pesquisa recente descobriu que ambas se complementam, podendo até ajudar crianças que vão mal na escola!

Atividade física e cognição em crianças

Pesquisadores da Universidade de Tsukuba, no Japão, afirmam a atividade física oferece às crianças uma mente mais brilhante. Eles chegaram a essa conclusão depois de avaliarem o desempenho de crianças em idade escolar.

Primeiro, elas foram submetidas a vários testes que mediram sua função executiva. Essas funções envolvem a capacidade mental de controlar impulsos ou reflexos, a habilidade de memorizar informações e processá-las, as habilidades cognitivas e a flexibilidade mental.

Os pequenos tiveram que responder muitas questões sobre cores e formas, possibilitando aos pesquisadores estabelecerem sua cognição ao princípio do estudo.

Com esses dados em mãos, os professores os instruíram durante meses em atividades físicas diárias. Para as crianças, nada mais eram do que brincadeiras, desde exercícios aeróbicos até jogos com bola. Depois, elas passaram por uma nova avalição. E as boas notícias foram imediatas!

Melhoras para quem mais precisa

Os resultados mostraram que as crianças que tinham os piores resultados cognitivos no início melhoraram muito seu potencial após os vários meses de prática de exercícios.

Já aqueles que no início do estudo tinham melhores resultados, os “mais inteligentes” por assim dizer, não tiveram nenhuma perda por causa dos exercícios. Mantiveram-se espertos e, é claro, ganharam os benefícios de se moverem mais.

Resumindo: as atividades ajudaram quem mais precisava de uma força extra nos estudos e não tiveram qualquer efeito negativo nos primeiros da classe! O que poderia ser melhor?

“Como as funções cognitivas avaliadas em nosso estudo estão relacionadas ao desempenho acadêmico, podemos dizer que a atividade física diária é fundamental para crianças em idade escolar. Nossas descobertas podem ajudar as instituições de ensino a projetar sistemas apropriados para maximizar os efeitos da atividade física e exercício”, explica o professor Keita Kamijo, um dos autores do estudo.

Portanto, lembre-se sempre que as crianças também precisam de atividades físicas – como correr, pular e brincar ao ar livre. Os exercícios não são inimigos das boas notas, muito pelo contrário! Eles podem fazer a diferença para os alunos com mais dificuldades. Supersaúde!

Referências bibliográficas:

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