Depois de ser considerada um dos grandes vilões causadores de doenças cardiovascular, a manteiga está voltando forte no mercado.
O seu consumo aumentou mais de 24% durante estes anos de pandemia, passando inclusive o recorde de consumo, que foi em 1943. Acredita-se que seja pelo fato de as pessoas estarem cozinhando mais em casa.
Diversos estudos e metanálises de mais de 15 países confirmam que a manteiga é boa para a saúde, não estando associada à doença cardiovascular, coronariana ou derrame, além de estar associada à redução de incidência de diabetes.
Realmente as pessoas estão deixando de ver a manteiga como um prazer culposo para entendê-la como um alimento saudável, especialmente quando feita de leite de vacas criadas a pasto.
Para se ter os melhores valores nutricionais, essa manteiga depende de como esses animais são criados, e a sua composição de ácidos graxos e gorduras varia de acordo com a dieta do animal.
Portanto, a manteiga de melhor qualidade é a de leite cru proveniente de vacas criadas a pasto.
Num segundo plano ficam as manteigas pasteurizadas, mas também de animais criados a pasto, seguida pela manteiga pasteurizada comum de supermercado.
Por que a manteiga de vacas criadas a pasto é melhor?
A diferença é que nessas vacas o leite fornece níveis maiores de muitos nutrientes como:
– Antioxidantes que atenuam o envelhecimento precoce e problemas de saúde:
– Vitamina D, E e K, além de beta caroteno.
– Minerais como selênio, manganês, zinco, cobre e crômio.
– Ômega 3 em concentração bem mais saudável, quando comparada com o ômega 6.
– Ácido linoleico conjugado (CLA), com ação anti-inflamatória, antiobesogênica e redutora do risco cardiovascular, além de aumentar proteção contra câncer, imunidade e massa muscular.
– Glicoesfingolipídios (GSLs), como ceramidas, esfingomielina, cerebrosídeos, sulfatídios e gangliosídios. Esses componentes influenciam a regulação celular com efeito antimicrobiano e imunomodulador, enquanto inibem a absorção de colesterol. Apresentam ainda potencial anticâncer.
– Ácido butírico e butirato, benéficos para a ecologia intestinal. Apresentam efeito na geração de energia além de antiobesidade e anticâncer. Regulam o sistema imunológico e a função cerebral.
– Fator Wulzen, que previne artrite e rigidez articular.
– Iodo na forma mais absorvível, melhorando a função tireoidiana.
– Ácido araquidônico, importante para as membranas celulares e função cerebral.
– Lecitina, indispensável para a integridade da membrana que envolve os nervos e metabolismo das gorduras e colesterol.
– Ácido láurico, com efeito antiviral, antibacteriano e antifúngico.
Com certeza, esse aumento de consumo da manteiga mostra uma conscientização do consumidor na procura por alimentos mais integrais, completos e que fornecem uma nutrição consistente, trazendo uma maior sensação de segurança e conforto.
Supersaúde!
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Referências bibliográficas: