Mais uma vez os genes estão sendo considerados os causadores de doenças. Agora, dizem que eles seriam responsáveis pela doença de Alzheimer.
Tenho as minhas dúvidas…
Hoje sabemos que a doença de Alzheimer está mais para ser causada pelo ambiente tóxico que vivemos, associado a uma alimentação inadequada, do que ser causada por genes.
Dos novos casos de Alzheimer, observe essa correlação:
- Produtos alimentícios e de higiene pessoal que contêm nitrosaminas (químicos tóxicos), agem lesando as mitocôndrias, causando grandes danos neurológicos.
- Cerca de 21% dos casos novos estão diretamente ligados à poluição.
- Os distúrbios neurodegenerativos, como a doença de Alzheimer, podem começar com os poluentes do ar desempenhando um papel crucial, segundo estudo recente.
- Na Cidade do México, um estudo mostra que autópsias de adultos jovens e crianças que viviam em área poluída apresentavam níveis elevados de placa amiloide em seus cérebros.
- Animais expostos à poluição do ar desenvolveram até 129% mais placa amiloide, segundo estudo.
- A exposição a longo prazo à poluição atmosférica está associado a um declínio cognitivo significativamente mais rápido, inclusive em perdas de memória e atenção a idosos.
- Um novo estudo publicado no Journal Gerontology destacou os riscos da poluição do ar na função cognitiva de idosos.
- A exposição prolongada à poluição do ar está associada à aterosclerose, comprometendo a parte cerebral.
- Pessoas com Alzheimer tinham quatro vezes mais níveis do pesticida DDT no sangue, segundo estudo da Rutgers University.
Nutrientes para melhorar a sua função cerebral
Tenho visto que alguns nutrientes podem melhorar a função cerebral, mantendo sua mente afiada, e, em alguns casos iniciais reverter o declínio cognitivo.
E isso pode também prevenir e até mesmo reverter condições mais graves como demência, doença de Alzheimer e Parkinson. Veja quais são eles.
1 – Gotu kola (Centella Asiatica)
Fitoterápico usado na medicina Ayurvédica para melhorar a função cerebral, restaurando a função cognitiva. Estudos em animais e células mostram que a gotukola pode estimular o crescimento das células cerebrais e desencadear o reparo das mesmas quando danificada.
A melhor opção são suplementos de gotu kola que contenham o máximo de componentes ativos, em especial os asiaticosides ou ácido asiático.
Encontra-se disponível em cápsulas. Segundo a literatura médica, a dosagem é de 500 mg até 3 vezes ao dia.
2 – Acetil-L-Carnitina
É um aminoácido presente naturalmente no cérebro e em outros tecidos.
Promove aumento de memória e performance em indivíduos com doença de Alzheimer, além de prevenir o envelhecimento cerebral e retardar o progresso das doenças cerebrais existentes.
Restaura o fator de crescimento neurotrófico (FCN), uma proteína produzida no seu cérebro que controla o crescimento e a manutenção de neurônios.
Com a idade, essa proteína diminui, e essa redução aumenta o risco de doenças cerebrais degenerativas. Pesquisas indicam bons resultados em doses de 500 mg por dia com o estômago vazio.
3 – DHA
É um tipo específico de ômega-3 chamado ácido docosahexaenóico (DHA). Essa gordura é o principal componente estrutural do tecido cerebral, sendo que o seu cérebro é 60% de gordura e o ômega-3 compõe 40% disso. Age combatendo o encolhimento do cérebro e a perda de memória, com isso podendo ajudar a retardar a progressão da doença de Alzheimer.
Nosso organismo não produz DHA e ele deve ser suplementado por dieta. As melhores fontes de ômega-3 (especialmente o DHA) são produtos de origem animal, como peixe, ovos e carnes. Peixes oleosos, como cavala, arenque, atum, salmão, truta e sardinha são a fonte mais rica.
É quase impossível obter o suficiente de ômega-3 apenas com sua comida. Você provavelmente precisará suplementar. De preferência use o óleo de krill pela pureza, pois a maioria das capsulas de óleo de peixe são de águas poluídas.
4 – Ginkgo Biloba
Fitoterápico com ação antioxidante especialmente para cérebro, retina, sistema cardiovascular, a nível cerebral e sistema nervoso central. Pode prevenir declínio da função cerebral relacionado com a idade. A literatura recomenda 240 mg por dia para pessoas com insuficiência cérebro vascular, confusão e perda de memória.
5 – Phosphatidilserine
É um componente natural presente no cérebro. Tem se mostrado melhorador da função mental em indivíduos com doença de Alzheimer. Os estudo apontam que a melhor dosagem para esse objetivo é de 100 mg 3 vezes por dia.
6 – Astaxantina
Um antioxidante solúvel em gordura com altíssima habilidade de neutralizar radicais livres com ação:
- 40 vezes mais eficiente que o beta caroteno
- 100 vezes mais eficiente que a vitamina E
- 800 vezes mais eficiente que a coenzima Q10
- 6 mil vezes mais eficiente que a vitamina C.
Com essa habilidade única, promove importante suporte para sua saúde, acuidade cognitiva, concentração e performance mental. Lembre-se que a única fonte natural de astaxantina é a alga marinha Haematococcus pluvialis. Produtos sintéticos não apresentam o mesmo efeito. Segundo as pesquisas, 4 mg por dia seriam recomendáveis para ter os benefícios.
Converse com seu médico sobre essas alternativas naturais. Ele saberá qual é a melhor para o seu caso!
Referências bibliográficas:
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- Transl Psychiatry. 2017;7(1):e1022.
- Science Daily.April 13, 2018.
- E-Book – Alzheimer – Esta doença não precisa ser o seu destino
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