5 Óleos para Cozinhar e Usar sem Medo

Depois da verdadeira lavagem cerebral à qual fomos submetidos nas últimas décadas, eu não ficaria surpreso se você me dissesse que se preocupa quando vai cozinhar. Muitos tem têm medo de cozinhar!

Esse é o seu caso? Quando você vai preparar algo, não sabe bem o que fazer, quais óleos usar e teme por sua saúde? Eu sei que isso pode acontecer e que chega a atrapalhar o seu dia.

É um problema que está ligado a informações deturpadas sobre as gorduras saturadas. Você ainda acredita que elas fazem mal e acaba se confundindo, comprando aqueles óleos vegetais poli-insaturados vendidos no supermercado. E isso na verdade é o contrário do que se deveria fazer.

As pesquisas mais recentes já vêm desmistificando a questão. É preciso entender de uma vez por todas que as gorduras saturadas boas, naturais, fazem bem. São os açúcares que devem ser cortados. Mais gorduras naturais e menos carboidratos (zero, se possível), é o que devemos buscar.

Para esclarecer melhor, confira abaixo uma lista com os melhores óleos para sua dieta, seja para cozinhar ou usar em alimentos frios. Fique atento também à procedência e à forma de usar, pois isso também faz toda a diferença.

Os melhores óleos para sua saúde

1 – Manteiga GHEE

Trata-se da manteiga clarificada, resultante da evaporação dos líquidos quando aquecida, muito tradicional na Índia. Ela dura mais tempo e é menos agressiva a pessoas intolerantes a lactose. Seus triglicérides de cadeia média (TCMs) facilitam a digestão e melhoram a função mitocondrial, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares, diabetes, câncer, doenças autoimunes e aterosclerose.

Pode ser usada tanto para cozinhar quanto fria. Prefira sempre o GHEE feito com leite cru de animais criados a pasto. A manteiga de garrafa também é uma boa opção, sendo praticamente o GHEE brasileiro. Clique aqui para saber um pouco mais sobre a manteiga GHEE.

2 – Sebo bovino de animais criados a pasto

Trata-se da gordura bovina processada, que se apresenta sólida em temperatura ambiente e se liquefaz quando você a aquece na panela. Quando é feito com gordura de animais criados a pasto, é rico em ácido linoleico conjugado (CLA) e vitaminas A, D, E e K.

É uma ótima opção para cozinhar alimentos, pois contêm uma mistura de gordura saturada boa, gorduras monoinsaturadas e um percentual bem pequeno de gorduras poli-insaturadas.

3 – Banha de porco

Outra excelente gordura natural que, assim como o sebo bovino, serve para preparar seus alimentos. Substitua os óleos vegetais feitos com grãos pela banha de porco e você terá muito mais sabor e saúde! Ela é rica nas vitaminas B12 e D, importantíssimas, mas deficientes em boa parte da população.

Além disso, tem maior estabilidade quando aquecida, o que significa baixo potencial inflamatório – ao contrário de óleos como os de soja, canola e girassol, por exemplo. Prefira também banha de animais criados a pasto, evitando a banha hidrogenada vendida nos supermercados. Confira aqui uma lista de artigos especiais sobre essa maravilha!

4 – Óleo de coco

Uma das melhores gorduras existentes, o óleo de coco é também rico em triglicerídeos de cadeia média (TCMs), melhorando várias funções orgânicas. Ele tem ainda atividade antiviral, antimicrobiana e antifúngica, melhorando o seu sistema imunológico.

Embora seja um óleo, tem efeito termogênico, garantindo energia e acelerando a queima de depósitos de gordura do seu corpo. Assim com a banha e o sebo, é ótimo para cozinhar por não se oxidar facilmente.

Por outro lado, também é versátil, podendo ser usado em smoothies e outras receitas. Como são muitos usos e benefícios, o ideal é que você clique aqui para ver uma série de artigos sobre este óleo incrível. Prefira sempre o óleo de coco virgem, orgânico e não refinado.

5 – Azeite de oliva extravirgem

Diversas pesquisas têm demonstrado os benefícios do azeite de oliva extravirgem. Ele auxilia na longevidade, na saúde cardíaca e é rico em cálcio, cobre e vitamina E.

Mas o mais importante composto do azeite é o oleocanthal, um antioxidante com efeito anticâncer e de prevenção de doenças neurodegenerativas, com o Alzheimer.

Ao contrário das outras gorduras, é importante que você evite usá-lo para cozinhar, pois pode oxidar e perder os benefícios. Use-o frio, para temperar saladas, por exemplo. Também pode ser usado para produzir seus próprios produtos naturais de beleza, como já mostrei neste outro post.

Gostou das opções? Além de saudáveis, são deliciosas e vão lhe devolver o prazer de comer. Mas lembre-se: o ideal é que você faça uma dieta keto, usando gorduras como fonte primária de energia e cortando os carboidratos. Só assim conseguirá o máximo de saúde e boa forma. Para saber mais, confira aqui uma lista de posts sobre o assunto. Supersaúde!

Referências bibliográficas:

  • Manteiga Ghee: o Que é e Quais os seus Benefícioswww.DrRondo.com
  • Banha de Porco: O Ingrediente Secreto da sua Avó Finalmente está de Voltawww.DrRondo.com
  • Oleocanthal: o segredo do melhor azeite de olivawww.DrRondo.com
  • The Lancet September 28, 1968, Volume 292, No. 7570, p693-700
  • Archives of Internal Medicine July 1992;152(7):1371-2
  • American Journal of Clinical Nutrition March 2010;91(3):535-46
  • BMJ 2015;351:h3978
  • TIME April 12, 2016
  • Reuters May 23, 2016
  • British National Obesity Forum Report on Obesity
  • Sinal Verde para a Carne Vermelha – Dr. Wilson Rondó Jr.
  • Óleo de Coco: a gordura que pode salvar sua vida – Dr. Wilson Rondó Jr.
  • “New drugs from ancient natural foods. Oleocanthal, the natural occurring spicy compound of olive oil: A brief history”.Universidade Santiago de Compostela, Espanha, et al. publicadoemDrug Discovery Today
  • Oleocanthal rapidly and selectively induces cancer cell death via lysosomal membrane permeabilization”. Faculdade Hunter da Universidade da Cidade de Nova Iorque, et al., publicado em Molecular &CellularOncology(“Oncologia Molecular e Celular”)
  • Journal of Neurology, Neurosurgery and Psychiatry June 11, 2010;
  • J Clin Endocrinol Metab. 2012 Oct; 97(10): 3792–3798.
  • Eur J Cancer Prev. 2004 Aug;13(4):319-26.
  • Int J ClinExp Med. 2014; 7(4): 799–808.
  • BMC Med. 2014 May 13;12:78.
< Artigo AnteriorPróximo Artigo >