É importante que você já tome conhecimento desta palavra, que representa tudo que é presente no mundo moderno, derivados de produtos químicos não naturais, presentes no ar, água e alimento. Trata-se dos xenobióticos.
Infelizmente, muitas das informações sobre xenobióticos não estão numa rotina de investigação, fazendo com que muitos ainda estejam desinformados da sua importância e mecanismos de ação.
Mas compreender isso é o maior passo para entrar na próxima área da medicina, aonde a bioquímica nutricional influencia no sistema de desintoxicação
E para isso é necessário entender:
- genética: quais enzimas estão disponíveis
- nível nutricional: que vitaminas, minerais, aminoácidos e ácidos graxos essenciais são disponíveis.
- total carga de tóxicos: quantos outros químicos estão competindo.
- danos do detox: dos químicos formados, qual parte do sistema natural detox pode estar comprometendo.
Quando se entende isso, o conceito antigo de “diagnóstico” e “droga química”, na imensa maioria das vezes cai por terra.
A nova era da Medicina precisa enfocar muito mais do que a doença. Ela deve entender antes de qualquer coisa o ambiente em que essa pessoa vive, como se alimenta, sua individualidade bioquímica, ou seja, fatores que constroem um diagnóstico mais adequado à realidade.
Ao contrário da visão convencional, por exemplo, todos os pacientes com doença artrite reumatoide não são os mesmos, não comem a mesma coisa, não vivem do mesmo modo, não tem a mesma causa para os seus sintomas similares e, portanto, não vão responder ao mesmo tratamento.
Isso porque a arma terapêutica única não foi encontrada, e drogas extremamente potentes para eliminar os sintomas são o único método convencionalmente aplicado.
Veja por exemplo: pacientes que agora estão livres de dores reumatológicas e comentam que não precisam mais de medicações, causam surpresa a pessoas por terem descoberto que certos alimentos causavam suas dores de artrite.
Portanto, a grande maioria das pessoas que não tem diagnóstico continua ouvindo:
“Você tem que aprender a viver com isso”, ou
“É tudo da sua cabeça”, ou
“Você deve tomar esse medicamento para o resto da sua vida”.
Porém, na verdade, possivelmente essas pessoas podem ter uma doença induzida pelo ambiente, ou seja… Uma Doença Ambiental.
Por exemplo, se você tiver em um ambiente 100 pacientes com artrite reumatoide, certamente as dores de cada um não serão sempre pelas mesmas causas.
Cada um é bioquimicamente único. Nem todos têm a mesma sensibilidade a certos alimentos e os fatores causadores das dores serão certamente diferentes.
Somente identificando o oculto e causas não suspeitas para cada indivíduo pode-se restaurar a sua saúde.
Se você quer estar bem e viver em sua ótima capacidade, é importante começar a pensar diferente do que vem fazendo e ouvindo.
Você está influenciado por xenobióticos como:
1) Agressores ambientais de dentro de casa:
- produtos de limpeza: tolueno, fenol, formaldeído, xileno, butano, etc…
- gases liberados nas residências: clorofórmio, benzeno, etilbenzeno, tricloroetileno,tricloroetano, tetracloroetileno, etc…
- gases de carpetes: formaldeído, benzeno, tolueno, cloroetileno, fitalatos, etc…
- gases dos pisos e móveis imitando madeira, tinta de parede.
2) Agressores por produtos de higiene intima
- Sabonetes, xampu, cosméticos, perfumes, amaciantes de roupas, etc.
3) Agressores ambientais externos
- metais tóxicos, como chumbo, mercúrio, cádmio, alumínio, níquel, etc…
- pesticidas e material radioativo como uranio e bário.
4) Agressores na alimentação
- alimentos refinados, industrializados, muito açúcar, frutose…
- pesticidas, corantes, conservantes, transgênicos e antibióticos.
Com tudo isso, certamente o seu corpo estará sobrecarregado, e possivelmente não terá condições de se desintoxicar adequadamente destes múltiplos de químicos.
Bem vindo à realidade dos xenobióticos. Eles requerem que cada pessoa seja vista como única, com suas particularidades. É nisso que a nova Medicina deve focar: menos na doença e mais na saúde e prevenção!
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Referências bibliográficas:
- The Lancet, 2014; 13(3):330-338
- World Health Organization, March 15, 2016
- Environmental Health Perspectives 2012;120(4)
- Forbes, February 15, 2014
- World Health Organization, March 6, 2017
- BBC News, March 6, 2017
- Reuters, March 5, 2017
- CHEM Trust, March 2017
- Chemical Watch, March 7, 2017
- American Journal of Public Health 2006; 96(2):222
- Livro Prevenção a Medicina do Século XXI. Editora Gaia