Você sabe qual era o cardápio dos seus ancestrais para o jantar?

As evidências iniciais que temos a respeito da alimentação de homens primitivos vêm dos fósseis. E o registro é claro. Ele aponta que no início da civilização humana os povos preferiam a proteína animal a qualquer outra. Toda a cultura alimentar desta época era baseada em conseguir, e consumir, carne.

Ainda podemos ir mais fundo no tempo e perceberemos que a espécie mais próxima do homem, os chimpanzés, caçava e consumia animais. A carne era algo muito valorizada pelos membros consumidores dessa cadeia.

Em uma época mais próxima da nossa, em meados das décadas de 1960 e 1970, quando os livros de estudos vegetarianos tornaram-se populares, os primatologistas acreditavam que a maioria dos primatas era adepta a esse tipo de alimentação. Isso era citado como a razão pela qual as pessoas negavam o consumo de carne e consumiam grãos de feijões no lugar.

Particularmente eu ainda vejo isso acontecer atualmente, mas nós sabemos que essa história não é verdadeira. A maioria dos outros primatas consumiam insetos, pequenos animais e rotineiramente caçavam e comiam qualquer caça que pudessem abater.

Mais convincente mesmo talvez seja o registro da cultura indígena que sobrevive inafetada pelo mundo moderno através do século XX. Tanto é que antropologistas estudaram e registraram seus hábitos alimentares.

Uma observação particular e bastante interessante foi feita pelo Dr. Weston Price que estudou 14 culturas de caçadores remanescentes. Ele viajou todo o mundo documentando, meticulosamente, o estilo de vida dessas pessoas.

Durante esse estudo Dr. Weston Price descobriu que esses caçadores eram universalmente magros e sem a moderna constelação de doenças. Foi possível concluir também que todos eram privilegiados e comiam carne, não havendo uma simples cultura vegetariana.

Outro estudo extensivo da saúde foi conduzido pelo Dr. Loren Cordain, um expert em hábitos alimentares primitivos e professor de Fisiologia da Universidade da Califórnia. Doutor Cordain examinou a alimentação de 229 sociedades nativas remanescentes no mundo.

Nesse estudo foi possível constatar:

– a ausência da cultura vegetariana;

– que a carne era a principal fonte de proteínas e gorduras;

– que caça ou pesca eram altamente valorizados;

– e que os órgãos das carnes era frequentemente reservados para os privilegiados.

 

O estudioso encontrou também a carne como sendo a principal fonte alimentar desses povos. Os alimentos de origem animal representavam de 50% a 65% da alimentação das sociedades.

Uma declaração importante do Dr. Loren Cordain demonstra essa diferença na alimentação de nossos ancestrais com relação à sociedade moderna. “Meus pacientes se assustam quando digo que as culturas nativas de sociedades pré-agriculturais comiam mais proteínas do que a média da alimentação moderna. A sensação que eles têm é a de que comemos muito mais proteínas hoje em dia”.

A evidência, quando comparado, mostra uma conclusão inquestionável: uma alimentação vegetariana low fat nunca foi a alimentação natural do homem. A verdade é exatamente o oposto. Por milhões de anos o homem tem consumido carne. Além disso, carne foi extremamente valorizada em toda cultura primitiva.

Politicamente correto ou não, quanto mais uma sociedade indígena consumia carne, mais saudável era a sua aparência. Por exemplo, os Masai do Leste africano que vivem a base de leite cru, carne de vaca, além de sangue e órgãos das carnes não tinham problemas dentários, obesidade ou doença cardíaca.

Portanto, vale a pena recorrer ao passado e levar em consideração o nível de saúde de seus ancestrais em relação ao que eles consumiam. Certamente você irá perceber que está fazendo alguma coisa errada em sua dieta. Pense nisso!

 

Referências bibliográficas:

– A Palaeolithic diet improves glucose tolerance more than a Mediterranean-like diet in individuals with ischaemic heart disease,” Lindeberg S, Jonsson T, et al, Diabetologia, 2007; 50(9): 1795-807

– Biological and Clinical Potential of a Paleolithic Diet,” Lindeberg S, Cordain L, Eaton SB, J Nutr Environ Med, September 2003;13(3):149-160

 

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