Gorduras e seu cérebro
Talvez você não saiba, mas sessenta por cento do seu cérebro é composto por gordura. E dessa composição, fazem parte os fosfolipídios, que contêm 50% de gordura saturada ajudando na saúde cerebral.
Quando consumimos gordura saturada o nosso cérebro se comporta de uma forma diferente de quando consumimos gordura poliinsaturada que por sua vez compromete nossa queima cerebral.
Em estudo recente, ratos alimentados com óleo vegetal com baixa concentração de gordura saturada e pouco Ômega 3, tiveram maior índice de derrames e diminuição de expectativa de vida.
Gorduras e suas células
Gordura saturada mantém a integridade celular em todas as células do seu corpo. Mas você sabe por quê? Isso acontece porque toda membrana celular é teoricamente feita de 50% de gordura saturada.
Quando consumimos muito óleo poliinsaturado e pouca gordura saturada nossas células não funcionam corretamente. Os ácidos graxos que compõem a membrana celular precisam ser saturados para que a célula tenha estrutura e integridade necessárias, além de funcionar corretamente. Quando a parede celular não contém gordura saturada suficiente, ela fica sem sustentação e não trabalha como deveria.
Gorduras nos seus ossos
Um estudo publicado em 1996 no American Oil Chemist Society Proceedings mostrou que para o cálcio para ser efetivamente incorporado na estrutura esquelética, 50% da gordura da alimentação deve ser saturada.
Por isso, uma das razões pelas quais a Osteoporose tenha se tornado um problema nos dias de hoje é a falta de gordura como óleo de coco e manteiga em nossa dieta.
Gordura e seu fígado
Em qualquer livro de bioquímica que você pesquise, verá que gordura saturada protege o seu fígado contra toxinas como o álcool e tylenol. A tradição de se consumir banha de porco e manteiga antes de exagerar na bebida é baseada, portanto, na boa ciência. Mas um alerta! O consumo de álcool deve sempre ser feito com moderação.
Hoje, onde se consome mais gordura poliinsaturada do que gordura saturada os problemas de fígado se tornaram mais comuns.
Gordura e seu coração
É importante que você saiba que gordura saturada gera energia para o coração em momentos de estresse.
Os estudos têm mostrado que gordura saturada é o alimento preferido pelo coração, por possuir uma camada de proteção formada com essa gordura.
Além disso, dois estudos na área têm mostrado que gordura saturada na alimentação diminui a Lp (a) no sangue que, ao contrário do colesterol, é um bom preditor de doença cardíaca. Além do mais, a gordura saturada ajuda a reduzir níveis de Proteína C Reativa, um indicador de inflamação, o que é responsável por doença cardíaca.
Gordura e seus pulmões
Os pulmões não funcionam sem a quantidade adequada de gorduras saturadas na alimentação. Isso porque, os ácidos graxos presentes no líquido surfactante do pulmão (uma substância fluida que permite que os pulmões funcionem) são normalmente 100% saturados. Quando se consome muito óleo parcialmente hidrogenado, óleos vegetais, gorduras trans e ácidos graxos poliinsaturados o resultado é um mau funcionamento pulmonar por falta de gordura saturada.
Estudos recentes têm mostrado que crianças que consomem muito óleo poliinsaturado têm maior propensão de desenvolver asma, enquanto as que consomem mais gordura da manteiga apresentam muito menos incidência da doença. Na verdade, as mudanças de consumo do tipo de gordura nos últimos 30 anos explicam o aumento da incidência de todos os tipos de doença pulmonar, incluindo asma e câncer de pulmão.
Gordura e seus rins
Ômega 3, gordura saturada e colesterol agem juntos de forma sinérgica para manter a função renal normal, que é crítica para a manutenção da pressão arterial e filtração de toxinas do corpo. O alto consumo de óleos poliinsaturados por ratos em um estudo mostram a agressão renal, além de agressão cerebral.
O óleo de coco também melhora a função renal por fornecer um ácido graxo saturado chamado ácido mirístico, que desempenha papel vital na bioquímica renal.
Gordura e seus hormônios
Os hormônios são mensageiros do corpo, agindo com o cérebro, sistema nervoso e glândulas, afetando centenas de funções corpóreas. Os hormônios requerem a gordura certa para o funcionamento correto. O seu corpo não produz hormônio do estresse e sexual sem a presença de vitamina A, fornecida exclusivamente por gordura animal de alimentos como fígado, frutos do mar e Ômega 3. No caso do consumo de gordura errada, como o óleo poliinsaturado, há uma inibição da produção de hormônio sexual e do estresse, levando a problemas como desequilíbrio de glicemia, metabolismo mineral e reprodução.
Gorduras e prostaglandinas
Hormônios que agem localmente são chamados de prostaglandinas. Existem três classes de prostaglandinas que são feitas de Ômega 3 e duas outras de Ômega 6.
Para uma ótima produção e equilíbrio das prostaglandinas, necessitamos do bom equilíbrio entre Ômega 3 e Ômega 6 em proporção aceita como normal ou em até de duas vezes de Ômega 6 para uma vez de Ômega 3. Porém, atualmente com o uso de óleos poliinsaturados, essa relação desequilibra muito a favor de Ômega 6, chegando a ser de 50 de Ômega 6 para um de Ômega 3.
Com isso, há aumento de inflamação no organismo (que já sabemos ser a causadora das doenças degenerativas), ganho de peso, alergias, asma e mesmo alcoolismo e câncer.
O óleo de coco em conjunção com Ômega 3 recupera essa relação para níveis saudáveis.
Gordura e comunicação celular
Tanto o ácido mirístico como o ácido palmítico, são originários do óleo de coco e estão envolvidos no complexo processo de comunicação celular.
Referências bibliográficas:
– American Journal of Clinical Nutrition; January 13, 2010.
– American Journal of Clinical Nutrition – 91: 502-509; January 20, 2010.
– The Netherlands Journal of Medicine – 69 (9): 372-8; September 2011.