A vitamina E é um dos pilares da estratégia antioxidante, e agora novos estudos mostram efeitos inesperados, que vem de encontro com a necessidade de defesa contra os agressores do mundo moderno.
Trata-se da principal vitamina lipossolúvel agindo nas estruturas gordurosas com altíssima proteção.
O mais surpreendente, é que no mundo atual quase 89% das pessoas estão deficientes das dosagens mínimas recomendadas para a saúde. Isso porque hoje se consome muito alimento processado.
Qual é a vitamina E eficiente ?
Existem 8 tipos diferentes de vitamina E, sendo 4 tocotrienois e 4 tocoferois.
Porém, a mais ativa e eficiente é a alfa tocoferol, que garante os resultados positivos de saúde.
Deficiências severas de vitamina E
– Problemas visuais
– Fraqueza muscular
– Alterações de ritmo cardíaco
– Complicações renais e hepáticas
– Demência
– Distúrbios neurológicos, como ataxia espinocerebelar
– Neuropatia periférica e miopatia
– Redução da produção de anticorpos e função de células T
– Aumenta citoquinas, um indicador de inflamação
Papel impactante na saúde do alfa tocoferol
Novos estudos tem demonstrado efeitos muito positivos como esse publicado no Journal Vascular Biology, sugerindo seu efeito na redução de aterosclerose e melhora da função cardíaca.
Os pesquisadores observaram o efeito do alfa tocoferol na redução de endurecimento de placas nas artérias, além do seu efeito antioxidante na íntima vascular.
Os autores explicam:
“A formação de placas na artéria carótida comum direita (RCCA), conforme mostrado pelo índice de formação de placas, foi significativamente diminuída em camundongos tratados com uma alta dose de α-tocoferol. Além disso, a espessura da placa na RCCA foi significativamente reduzida em camundongos tratados com uma alta dose de α-tocoferol. Além disso, uma WD (dieta ocidental) suplementada com 500 miligramas de α-tocoferol por quilograma de dieta reduziu a área do núcleo necrótico.”
Além disso, melhora a função cardíaca, especialmente por aumentar a performance do ventrículo esquerdo. Isso se traduz em bombeamento cardíaco mais efetivo.
Efeito do alfa tocoferol contra ácido linoleico e estrógeno
O alfa tocoferol é o grande antidoto para neutralizar agressores do mundo moderno como:
– Ácido linoleico (LA): presente em óleos de sementes, e em excesso na alimentação moderna, causando maiores malefícios que o açúcar para a saúde e contribuindo para doenças crônicas.
A vitamina E tem a habilidade de neutralizar o processo oxidativo que o LA causa.
– Estrógeno: a vitamina E contra ataca os efeitos do excesso de estrógeno, que causam desruptura endócrina e outros problemas de saúde.
– Antagonista do estrógeno: inibe a aromatase neutralizando a conversão da testosterona e DHEA em estrógeno. Ou seja, é um antagonista do estrógeno bloqueando os receptores para que se liguem com o estrógeno . Com isso, reduz os danos que esse hormônio possa causar, quando em níveis elevados.
Age na verdade como o Tamoxifen, uma medicação usada para tratar receptores estrogênicos em pacientes com câncer de mama.
Como repor a vitamina E
Lembre-se que a vitamina E em excesso é pró oxidante, perdendo-se os efeitos benéficos, portanto deve-se fazer uma dieta que contenham dosagens fisiológicas de:
– Frutas: kiwi e manga
– Vegetais: espinafre, abóbora, aspargos e tomate
– Carne de gado criado à pasto
Suplementação
Existem muitos produtos sintéticos no mercado, que acabam tendo efeito oposto da vitamina E natural, até aumento do risco de certas doenças !
A vitamina E sintética é conhecida como acetato de alfa tocoferol, sendo que quando é com acetato é sintética.
Só usar a vitamina E na forma de isômeros D e nunca L ou DL.
E saiba que na forma sintética ela perde 75% da sua eficiência terapêutica.
Há outras formas de vitamina E, em isômeros, com espectro completo como os tipos: beta, gama e delta de vitamina E, em isômeros D.
Portanto, a forma eficiente é a isômero D, que deve ser sempre a alfa tocoferol.
Na forma dl alfa tocoferol, também é sintética.
A dosagem recomendada é de 10 mg a 20 mg/ dia.
Consuma com alimento gorduroso ou óleo de coco, caso contrário a absorção não chega a 10% do produto.
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Referências bibliográficas:
– USA Today, April 1, 2023
– StatPearls. Vitamin E Deficiency
– Oregon State University, Vitamin E
– NIH ODS, Vitamin E
– Vasc Biol. 2024 Jun 3;6(1):e240002
– The Journal of Nutrition. February 2024,Volume 154, Issue 2, Pages 498-504
– Science Daily, October 7, 2015