Muitos criticam toda vez que eu publico um artigo sobre os benefícios do vinho. Enquanto eu respeito o direito de todos se absterem se assim quiserem, não tem argumentos contra o fato de que, em moderação, o vinho tinto realmente ajuda a tornar o seu coração mais saudável!
E um novo estudo publicado no jornal Advances in Experimental Medicine and Biology mostra que o principal componente antioxidante no vinho tinto pode fazer muito mais. Os pesquisadores descobriram que ele pode desativar um dos tipos mais fatais de câncer: o pancreático.
O grupo de pesquisas do Centro Médico da Universidade de Rochester examinou os efeitos do resveratrol – um potente antioxidante encontrado nas cascas de uvas e no vinho tinto – nas células de câncer pancreático. Quando eles pré-trataram as células com o resveratrol, antes de expô-las à quimioterapia e à radiação, descobriram que o resveratrol tornava as células mais receptivas ao tratamento.
Embora isto seja inegavelmente uma descoberta significativa, a próxima foi, em minha opinião, mais excitante ainda. Os pesquisadores também descobriram que o próprio resveratrol causava a apoptose – ou morte – nas células cancerígenas. Sem quimioterapia!
É claro que este é apenas um estudo, e como todo cientista gosta de dizer, “mais pesquisa é necessária” antes do resveratrol ganhar uma recomendação generalizada dos oncologistas. Mas, qualquer substância natural que possa colaborar na inibição de uma das formas mais fatais de câncer e dar aos pacientes a esperança de uma vida mais longa e possivelmente livre da doença – sem os efeitos colaterais devastadores da radiação ou da quimioterapia – vale uma olhada mais de perto.
E neste meio tempo, converse com o seu médico para que lhe prescreva o resveratrol…ou desfrute de uma bela taça de vinho tinto. Tim tim!
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Referências bibliográficas:
- “Red wine antioxidant may kill cancer cells,” Nutra Ingredients
- Journal of Biological Chemistry September 2005
- Cancer Epidemiol Biomarkers Prev, 2008; 17(10): 2692-9.
- Am J Clin Nutr June 2010
- Annals of the New York Academy of Sciences January 2011; 1215: 150-160
- Journal of Cellular and Molecular Medicine February 25, 2011