Colesterol, colesterol, colesterol, colesterol. Médicos são como discos riscados ao falar sobre o colesterol e todos estão cantando a mesma velha música: abaixe-o, senão…
Pena que eles estão cantando fora do tom porque o colesterol não só NÃO é o vilão que foi dito, como as próprias drogas que devem “salvar” você deste problema podem, de fato, arruinar a sua vida.
Você conhece as drogas sobre as quais eu estou falando. Elas são alguns dos medicamentos que tiveram recorde de vendas de todos os tempos. São as estatinas que alguns de vocês certamente estão tomando apesar dos meus conselhos ao longo dos anos.
Mas, se eu não posso fazer você mudar de ideia, talvez o FDA possa, já que a última advertência confirma o que eu tenho dito sobre estas novas drogas, incluindo a verdade chocante sobre…
…as estatinas causarem a diabetes
Novamente, não sou apenas eu quem está falando sobre isso. É a FDA que finalmente admite que as estatinas que ela tem recomendado há anos não são o “supra-sumo” que diziam. Estas drogas não só causam a diabetes, como também constituem um risco 80% mais alto para algumas mulheres.
Você não tem que ser “algumas mulheres” para contrair a diabetes induzida por estatinas, porque o risco é aumentado para todas as idades e, igualmente, em homens e mulheres.
O risco é tão grande que um dos principais peritos previu no New York Times que o uso de estatinas levará a 100 mil novos casos de diabete.
Acha isso ruim? Pois saiba que é só o começo! O FDA também confirmou algumas das outras advertências que eu tenho dando ao longo dos anos, admitindo que as estatinas podem aumentar o seu risco de açúcar sanguíneo alto, perda de memória e confusão mental.
E se isso não for o suficiente em termos de más notícias por um dia, um novo estudo descobriu que o baixo colesterol (como os objetivos perfeitos que esperam que você atinja) pode CAUSAR o câncer, mesmo sem as estatinas.
Acredite se quiser! Isso não chega nem perto da lista completa de riscos. Como já te disse, as estatinas podem causar dor muscular séria e até debilitadora, problemas no fígado, insuficiência renal, danos aos nervos, disfunção sexual, problemas na visão e muito mais.
Por todo esse risco, você pensaria que as estatinas seriam eficazes na prevenção contra problemas no coração. Na realidade elas são tudo, menos isso. Quando se trata desses medicamentos…
…passaram propaganda enganosa para você
As estatísticas sobre as estatinas estão em todo lugar, e muitos dos estudos usados para vendê-las estão cheios de conflitos.
Um estudo seriamente conflitante, o ensaio JUPTER que está sendo usado neste momento como a desculpa para dar estatinas até para as pessoas com níveis de colesterol normais, descobriu que 1,7% dos pacientes que receberam placebos sofreram ataques cardíacos ou derrames versus 0,9 % daqueles que tomavam a droga.
Esse é um decréscimo absoluto de apenas 0,8%; um número tão pequeno que você teria que drogar as pessoas todos os dias por quase dois anos para evitar um único ataque cardíaco ou derrame.
Lembra-se daquele risco de diabetes que eu acabei de mencionar? Então, no mesmo ensaio 2,4% daqueles que tomavam o placebo desenvolveram a diabetes, versus 3% daqueles que tomavam a droga. O que vemos aqui é um aumento absoluto de 0,6%.
Um analista disse que isso traduz em ¾ de um caso de diabetes para cada ataque cardíaco ou derrame evitado, ou aproximadamente 75 novos casos de diabetes para cada 100 eventos cardíacos evitados.
Isso é como um policial que atira em 75 transeuntes para cada 100 criminosos que ele prende!
E deixe-me ser perfeitamente franco aqui: se você pudesse escolher entre um ataque cardíaco e a diabete, seria melhor aceitar o risco do ataque cardíaco. Afinal, você pode sobreviver a um ataque cardíaco.
Poxa, para muitas pessoas é a melhor coisa que já lhes aconteceu, pois se trata de uma chamada para acordar que FINALMENTE os convence a fazer as mudanças que deveriam ter feito anos atrás.
É irônico, mas pensando bem, os ataques cardíacos podem realmente salvar vidas. A diabete, por outro lado, pode ser uma condenação pelo resto da vida e que no final vai acabar com ela.
Somente uma pessoa louca escolheria um sobre o outro quando a sua terceira opção é “NENHUMA DAS ANTERIORES”. Toda esta conversa sobre o colesterol está errando o alvo. O colesterol alto não é o problema, mas…
… o colesterol baixo pode ser positivamente letal.
Para falar a verdade, eu não sei qual é o pior: os efeitos colaterais das estatinas ou os riscos para a saúde que o baixo colesterol pode causar. Em muitos casos, são iguais.
O fato é que o seu corpo precisa de colesterol, tanto LDL quanto HDL, da mesma forma que o seu carro precisa de óleo. De fato, é usado por virtualmente cada célula no corpo, especialmente no coração.
É por isso que níveis BAIXOS podem realmente causar os próprios ataques cardíacos que eles deveriam evitar.
E não vai apenas manter o seu coração batendo. O colesterol também mantém as luzes acesas no andar de cima, o que explica porque as pessoas com níveis baixos acabam lutando contra tudo, desde os básicos “peripaques” cerebrais até os problemas sérios de memória, justamente como a FDA está agora advertindo.
Não é nenhuma coincidência que o número de casos de Alzheimer tenha subido como um foguete desde que a memória tem feito de primeira prioridade a diminuição do colesterol de todo mundo.
Tudo que você precisa saber sobre o colesterol em apenas uma sentença
Pronto para isso?
Tudo o que você precisa lembrar está em uma só sentença: mantenha o seu COLESTEROL TOTAL pouco acima de 200 através de uma dieta baixa em carboidratos e alta em gorduras animais.
Simples assim!
Referências Bibliográficas:
– The American Journal of Cardiology. October 27, 2011
– Journal of the Federation of American Societies for Experimental Biology. May 1, 2004; 18(7): 805-815
– Journal of Investigative Medicine. March 2009; 57(3): 495-499
– The Lancet. February 27, 2010; 375(9716): 700 – 701
– International Journal of Obesity. February 8, 2011
– American Heart Journal (ENHANCE trial). February 2005; 149(2): 234- 239
– Lancet. February 27, 2010; 375 (9716): 735-42
– Journal of Investigative Medicine March 2009; 57(3): 495-499
– JAMA 2003; 290 (4): 502-510
– British Medical Journal. May 20, 2010; 340: c2197
– Folha de São Paulo. Sábado, 29 de Junho de 2013 C12