A brasileira é muito mais saudável do que a americana.
A carne vermelha, usando uma expressão da moda, faz parte do “eixo do mal” para os naturalistas xiitas, como o açúcar e a combinação de certos tipos de alimentos numa mesma refeição. Ponto para os naturalistas: a nova pirâmide alimentar americana sugere que se reduza a ingestão de carne para uma ou duas vezes por semana, no máximo, pela alta concentração de gordura saturada que apresenta. Mas há outras razões por trás dessa decisão.
O que não é bom nos EUA…
A maior parte do rebanho americano não é criada em fazendas, mas confinada em espaços reduzidos. O excesso de animais por m² deixa-os estressados. Seus dejetos, altamente concentrados na área, emitem grandes quantidades de amônia que é absorvida através da respiração, o que eleva os índices de intoxicação neurológica, hepática e transtornos bioquímicos nos animais. Nessas condições precárias de saúde, as doenças são ameaças constantes. Como prevenção, faz parte da rotina o uso de antibióticos em baixa dosagem.
Também é comum usar hormônios para o gado ganhar peso precocemente. Consumida pelo o homem, a carne assim tratada pode causar ginecomastia (aumento de seios) e câncer de próstata. Nas mulheres, pode adiantar a menarca (primeira menstruação) e abrir caminho para o câncer de mama.A maioria do gado americano não se alimenta de pasto, como seria natural, mas de rações à base de soja e milho, certamente de origem trangênica, o que é outro fator agravante.
É bom no Brasil
No Brasil, os confinamentos são mínimos, o gado não é tratado com hormônios e se alimenta basicamente de pasto. As rações podem complementar a dieta, mas certamente não são feitas à base de trangênico. Essas diferenças permitem que os brasileiros possam incluir a carne nas refeições cerca de quatro vezes por semana, sem maiores riscos. Na próxima ida à churrascaria, coma com prazer. Comer ainda é uma das boas coisas da vida.