Quando se fala em Disbiose, frequentemente você vai ouvir estas siglas, o que pode confundi-lo.
Eu vou lhe esclarecer.
Com o desequilíbrio do microbioma intestinal, dependendo do agente causador, teremos SIBO ou SIFO:
SIBO
Excesso de crescimento bacteriano no intestino delgado ou uma condição que se apresenta com uma ampla variedade de manifestações gastrointestinais ou sintomas que não estão associadas ao intestino, mas associado com diversas comorbidades.
Com a restauração do equilíbrio da flora intestinal através de intervenções individuais e tratamentos “sob medida” para cada caso, focando no estilo de vida e nutricional, se melhora a saúde dramaticamente.
SIBO e condições clinicas associadas
As principais condições:
– Síndrome do cólon irritável (IBS)
– Doença inflamatória do cólon (IBD)
– Distúrbios de motilidade
– Pancreatite crônica
– Cirrose
– Cirrose hepática não alcoólica
– Síndromes de Imunodeficiência
– Infecções por H. Pylori (alta incidência)
– Doença Celíaca
– Obesidade
– Rosácea
SIFO
Excesso de crescimento de fungos no intestino delgado.
Neste caso, os sintomas sistêmicos mais comuns podem ter qualquer manifestação, dependendo de fatores individuais da pessoa acometida.
Além disso, tem alto risco de dismotilidade intestinal (estase gastrointestinal).
Principais sintomas do SIFO
– Dor de cabeça
– Fadiga
– Depressão
– Distensão abdominal
– Candidíase bucal e vaginal
– Dores estomacais e cólicas
– Diarreia
– Infecção urinária
– Sinusite
– Micose
– Dores articulares
– Dores de cabeça e enxaqueca
– Hipoglicemias frequentes
– Distúrbios intestinais
– Excesso de gases e inchaço abdominal
– Cansaço crônico
– Queda de cabelo
– Névoa cerebral (confusão mental e falhas de memória)
– Vontade de comer doces
Diagnóstico: SIBO ou SIFO
É importante diagnosticar a raiz do problema para escolher a melhor estratégia terapêutica.
De acordo com o American College of Gastroenterology, a melhor estratégia é através do teste de respiração.
A cultura de fezes para diagnóstico, não é confiável, pois só tem acerto em 20% dos casos.
Amostras de fezes podem não revelar toda a história
Descobriu-se que a microbiota encontrada nas fezes e aquela encontrada no lúmen intestinal e a camada mucosa da parede do intestino são diferentes, o que significa que as fezes não oferecem uma boa representação do que é realmente o seu intestino.
Tratamento SIBO e SIFO
Restaurar a flora intestinal com estratégias personalizadas, de acordo com a condição; corrigindo também as necessidades nutricionais e orientando o melhor estilo de vida.
Na SIBO, pode-se incluir até o uso de antibióticos, enquanto na SIFO, ocasionalmente usa-se terapia antifúngica.
As modificações dietéticas, são importantes em ambos os casos, assim como o uso de fermentados; prebióticos e probióticos.
Além disso, deve-se retirar os alimentos alergênicos, de acordo com cada paciente.
Restrição ao uso de alimentos refinados, industrializados e açúcares.
Evitar também o consumo de carne de animais confinados para presença de micro doses de antibióticos nas rações, assim como glifosato e outros defensivos agrícolas, que também agem como antibióticos.
Outras atitudes, são evitar certas medicações de acordo com a possibilidade, como por exemplo antibiótico, protetor gástrico, imunossupressor e outros.
A distinção entre SIBO (excesso de crescimento bacteriano no intestino delgado) e SIFO (excesso de crescimento fúngico no intestino delgado) é crucial para compreender e tratar a disbiose intestinal eficazmente. Cada condição requer uma abordagem terapêutica específica, focada tanto no tratamento direto quanto em ajustes dietéticos e de estilo de vida para restaurar o equilíbrio da flora intestinal. Para explorar estratégias personalizadas de tratamento e melhorar sua saúde intestinal, agende uma consulta .
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