Será que você precisa evitar gordura animal se tiver passado por um ataque cardíaco?

A literatura médica contém somente dois estudos envolvendo humanos que comparam o resultado (não só indicadores como o colesterol) de uma alimentação rica em gordura animal com uma alimentação rica em óleos vegetais. Os dois estudos mostraram que a gordura animal, na verdade, protege o organismo contra o ataque cardíaco.

O projeto do clube dos anticoronarianos, lançado em 1957 e publicado em 1966, no jornal da American Medical Association, comparou dois grupos de executivos nova-iorquinos de idade entre 40 e 59 anos. Um grupo seguiu uma “Alimentação Prudente” que consistia em óleo de milho e margarina, no lugar de manteiga, cereais matinais ao invés de ovos, e galinha e peixe, no lugar da carne vermelha. Outro grupo comeu ovos no café da manhã e carne três vezes por dia.

No final da avaliação, o resultado mostrou que a média do colesterol do grupo da “Alimentação Prudente” foi de 220 mg/dl, enquanto a média do grupo que se alimentou com ovos e carne foi de 250 mg/dl. O porém é que ocorreram oito mortes por doença cardíaca entre os indivíduos do grupo da “Alimentação Prudente” e nenhuma no grupo que comeu carne três vezes por dia.

Em um estudo publicado no British Medical Journal, em 1965, os pesquisadores dividiram indivíduos que tiveram ataque cardíaco em três grupos. Um grupo recebeu óleo de milho poli-insaturado, outro óleo de oliva monoinsaturado e ao terceiro grupo foi dado gordura animal saturada.

Depois de dois anos o grupo do óleo de milho teve 30% de redução do colesterol, mas só 52% continuaram vivos; o grupo do óleo de oliva foi um pouco melhor: 57% continuaram vivos; mas, entre o grupo que consumiu gordura animal, 75% estavam vivos.

Infelizmente, esses estudos não tiveram a publicidade necessária e com isso poucos médicos têm esse conhecimento. Como resultado, os pacientes que tiveram ataque cardíaco estão ainda evitando gordura animal na sua alimentação e, sem saber, elevando o risco de morte.

 

Referência Bibliográfica:

  •  American Journal of Clinical Nutrition January 13, 2010
  •  American Journal of Clinical Nutrition 91: 502-509; January 20, 2010
  • Conditioning Research October 18, 2011
  • The Netherlands Journal of Medicine September 2011; 69(9):372-8
  • American Journal of Clinical Nutrition October 2006; 84(4): 894-902
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