Certamente, um bom conselho que a sua mãe já lhe deu – se ela era um pouco parecida com a minha – provavelmente vinha na hora do jantar:
“Coma as suas ervilhas!”
Isso porque se você tem ingerido ervilhas toda noite, pode até estar acrescentando alguns anos à sua vida – tudo graças aos conselhos da sua mãe.
Um novo estudo publicado na Cell Metabolism descobriu que a espermidina, um composto naturalmente contido nas ervilhas e no queijo Rochefort, pode muito bem ser uma fonte da juventude!
Os cientistas do Instituto Weizmann, em Israel, colocaram a espermidina na água e deram para ratos beberem. Eles descobriram que ela de fato reparava danos em seus ritmos circadianos.
Agora, quando você ouve falar sobre o ritmo circadiano, eu acho que você deve pensar no “sono”. O seu ritmo circadiano é o relógio natural do seu corpo e ele tem muita correlação com a sua qualidade de sono toda noite. Mas, problemas com o seu ritmo circadiano também já foram ligados a toda sorte de doenças que tendemos a desenvolver na medida em que envelhecemos, incluindo o câncer, a doença de Alzheimer, Parkinson e a inflamação crônica.
No estudo, os pesquisadores israelenses descobriram que a espermidina fazia com que os ritmos circadianos dos ratos corressem mais rápidos e mais eficientemente. Em seres humanos, isso pode se traduzir em corpos que são mais “jovens” e menos propensos a doenças letais.
E os benefícios da espermidina não param por aí. Ela também pode auxiliar no combate aos radicais livres, que podem causar o envelhecimento precoce e um grande número de doenças sérias. Como você não vai encontrar suplementos de espermidina, então é melhor ingerir o quanto puder na dieta.
E isso significa comer muitas ervilhas frescas (preferivelmente orgânicas) sempre que puder. A sua mãe ficaria orgulhosa!
Referências bibliográficas:
- Eat peas and blue cheese to stave off cancer .(dailymail.co.uk)
- Diabetologia. 2009 Aug;52(8):1479-95.
- WHFoods.com
- Phytotherapy Research, 1997;11:39-41.
- Nutrition, 1984;38A:469-473
- Journal of Nutritional Medicine, 1994;4:199-214.