De garrafa ou de torneira, a qualidade da água é fundamental para uma boa hidratação. Mas nem sempre é fácil escolher a melhor.
A indústria de bebidas que mais cresce no mundo é a da água engarrafada, que pode custar mil vezes mais que a de torneira. E a venda aumenta continuamente, exigindo maior produção – em 2004, o consumo de água engarrafada no mundo aumentou cerca de 60%, com 160 bilhões de litros vendidos. Hoje, estima-se que 200 bilhões de litros de água engarrafada cheguem ao consumidor.
Diante desse dado impressionante, grupos de consumidores e ambientalistas questionam se ela é realmente melhor que a de torneira. Podemos confiar na sua pureza? Vale o preço que se paga por ela, considerando-se também os problemas da poluição ambiental decorrente da produção das garrafas? Não é fácil responder a essas perguntas.
SEM CLORO E FLÚOR
A água engarrafada, de fonte pura, tem a vantagem de não apresentar cloro ou flúor – sabe-se que o flúor em excesso contribui para o aumento da osteoporose. Porém, muitas águas são apenas água de torneira filtrada. E os filtros comuns não removem flúor e outras substâncias. Quanto ao material, quase todas as garrafas são de plástico polietileno, therethyleno ou PET, como é conhecido, que polui o ambiente e é potencialmente lesivo à saúde. Testes feitos com animais sugerem que a presença desse material induz à má formação fetal.
O FILTRO IDEAL
Nos EUA, grande consumidor de água engarrafada, o Conselho de Defesa de Recursos Naturais (NRDC) pesquisou cerca de uma centena de marcas e constatou que 1/3 apresentava produtos químicos orgânicos sintéticos e bactérias nocivas. Uma amostra continha, inclusive, teor de arsênico acima dos limites permitidos. No Brasil, desconheço pesquisas sobre o tema. Mas, de modo geral, a água tratada que chega em sua casa pode ser considerada saudável. Melhor ainda se for filtrada de modo a remover cloro, flúor, bactérias e metais pesados, o que só pode ser feito por um filtro de reverso osmose. Vale a pena o investimento. É sua saúde que está em jogo.