Você já deve estar cansado de saber da importância da preservação do meio ambiente. Afinal de contas, a poluição causa inúmeros problemas à saúde. Com água e alimentos ruins, por exemplo, nós também vamos de mal a pior. Sem falar no aumento do risco de transmissão de doenças…
Depois de conhecer este estudo feito por pesquisadores da Universidade de Adelaide, na Austrália, você vai passar a ter uma nova visão sobre a necessidade de preservar o meio ambiente em que vivemos.
E tem tudo a ver – de novo! – com a relação entre bactérias “boas” e “ruins”.
Meio ambiente e bactérias
A pesquisa da universidade australiana se focou no solo, comparando locais com meio ambiente degradado àqueles mais preservados. Eles concluíram que em locais onde havia maior biodiversidade, havia também mais bactérias “boas”, consideradas “estáveis” e “especializadas”.
Por outro lado, locais com degradação ambiental favoreciam a vida de bactérias com potencial patogênico, consideradas bactérias “oportunistas”. Alguns exemplos citados são Bacillus, Clostridium, Enterobacter, Legionella e Pseudomonas.
Segundo o principal autor da pesquisa, Craig Liddicoat, que é candidato a PhD na Escola de Ciências da Universidade de Adelaide:
“Há um crescente corpo de evidências que associam a saúde humana a espaços verdes nas casas das pessoas, e os micróbios ambientais fornecem uma conexão provável entre um ecossistema saudável e a saúde humana”.
Restaurando a natureza e a sua saúde
O estudo também observou o que acontece quando certo ambiente é reequilibrado. Para isso, eles analisaram amostras de solos de locais que passavam por processos de melhoria ecológica.
Os resultados demonstraram que quando se melhora o meio ambiente, restaurando, por exemplo, sua biodiversidade, há um incremento de bactérias especializadas e diminuição daquelas que podem causar doenças nas pessoas.
Para os pesquisadores, a pesquisa mostra que é possível reduzir as doenças causadas por bactérias restaurando até mesmo os ambientes urbanos. Se eles se tornam mais naturais e com maior biodiversidade, consequentemente isso reduziria o transporte dessas bactérias nocivas pelo ar.
Essa notícia ressalta também a importância de minimizarmos impactos ambientes. E como você pode fazer parte disso? Consumindo alimentos orgânicos e de animais criados livres, pastoreando, ao contrário daqueles que vivem confinados.
Essas práticas naturais de cultivo e manejo, além de serem melhores para sua saúde, tem menor impacto na poluição dos solos. E como vimos, quanto pior o meio ambiente, maiores as chances de doenças.
Lembre-se disso. A mudança começa com os seus hábitos! Supersaúde!
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Referências bibliográficas:
- Environment International, Volume 129, August 2019, Pages 105-117.
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- https://drrondo.com/carne-de-animais-a-pasto-vao-nutrir-as-suas-mitocondrias/
- https://drrondo.com/gado-criado-a-pasto-pode-salvar-planeta/
- https://drrondo.com/gado-criado-em-pasto/
- https://drrondo.com/7-beneficios-alimentos-organicos/