Sabe aquela pessoa que está sempre pronta a ajudar a família e os amigos?
Que está sempre por perto para oferecer um apoio social, ou seja, aquela palavra amiga…
Ou um suporte no que as pessoas amadas mais precisam?
Talvez você conheça alguém assim…
Mas se eu te dissesse que por fazer isso, esse indivíduo (que pode até ser você mesmo) tem uma saúde melhor?
Falando assim, não conseguimos estabelecer a princípio uma relação entre uma coisa e outra.
Mas foi exatamente isso que uma pesquisa da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, mostrou.
Foram avaliados 1054 adultos saudáveis com idades entre 34 e 84 anos através de um questionário que media sua “integração social”.
Eles responderam perguntas como se eram casados ou viviam com um parceiro, com que frequência entravam em contato com a família e amigos e com que frequência participaram de grupos ou atividades sociais.
Além disso, as pesquisas coletaram não apenas dados do quanto eles eram apoiados pelos amigos e familiares, mas também o quanto estavam disponíveis para apoiá-los e ajudá-los caso eles precisassem.
O interessante desse estudo é que ele não se apoiou apenas essas informações subjetivas…
Mas também dados objetivos através de exames de sangue.
Cerca de dois anos depois da primeira avaliação, os participantes fizeram novos exames de sangue, que incluíam um teste para interleucina-6 (IL-6).
Esse é um marcador de inflamação sistêmica no corpo.
E os resultados foram claros…
Aqueles que se diziam mais dispostos a apoiarem socialmente os amigos, família e cônjuges tinham menos marcadores de inflamação.
Lembre-se que a inflamação, como sempre digo, é um dos principais problemas do mundo moderno.
É ela que ao longo do tempo aumenta o seu risco das doenças mais temidas e conhecidas, como doenças cardiovasculares e diversos tipos de câncer.
Os pesquisadores agora querem fazer novos estudos para confirmar esses achados.
Mas acreditam que é possível sim dizer que “ajudar faz bem pra sua saúde”.
Outros motivos para você apoiar quem precisa
Não é a primeira vez que a ciência mostra a importância do altruísmo.
Já comentei por aqui sobre como outro estudo do tipo avaliou pessoas que davam ajudas direcionadas, ou seja, dando suporte direto a pessoas conhecidas…
Comparando-as com ajuda indireta, como fazer doações para alguma instituição de caridade, por exemplo.
Avaliações de ressonância magnética mostraram que no caso da ajuda direcionada a uma pessoa específica, houve menor atividade na amígdala cerebral, que está ligada a respostas de medo e estresse.
Ou seja, como nos sentimos bem ao ajudar, temos uma redução do estresse, com todos os benefícios que isso traz para o cérebro e para a saúde em geral.
Então, a minha dica para você hoje é simples…
Ajude o seu próximo – aquele que pode estar mais próximo do que você imagina, como seu cônjuge, familiares, amigos e até desconhecidos.
Você estará fazendo o bem para essa pessoa… Ao mesmo tempo que melhora a sua saúde.
O que pode ser melhor que isso?
Supersaúde!
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Referências bibliográficas:
- Tao Jiang, Syamil Yakin, Jennifer Crocker, Baldwin M. Way. Perceived social support-giving moderates the association between social relationships and interleukin-6 levels in blood. Brain, Behavior, and Immunity, 2022; 100: 25 DOI: 10.1016/j.bbi.2021.11.002.
- Ohio State University. “Giving social support to others may boost your health.” ScienceDaily. ScienceDaily, 22 November 2021.
- Neural Correlates of Giving Social Support: Differences between Giving Targeted versus Untargeted Support. Psychosomatic Medicine. ., Post Acceptance: July 25, 2018.
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