Qual é o Seu Risco de Ataque Cardíaco?

A expectativa de vida melhorou neste último século. Hoje, uma porcentagem significativa das pessoas vive entre 80 e 90 anos.

Claro que a meta desejada é que seja acima de 100 anos, porém, para atingirmos esse objetivo precisamos mudar uma série de conceitos alimentares e estilo de vida.

Caso contrário, será o que estamos vendo: as estatísticas mostraram que nas últimas 2 avalições de expectativa de vida houve uma redução, em vez de um aumento.

Hoje os níveis de obesidade, diabetes e doença cardiovascular têm aumentado tanto que a preocupação real é que estejamos evoluindo para uma condição em que os pais vão enterrar os filhos.

Para evitar isso e recuperarmos essa expectativa de longevidade, precisamos ser proativos e não simplesmente esperar que medicações nos deem esses anos a mais.

Isso certamente pode gerar pessoas mais longevas, porém com uma qualidade de vida apenas de subsistência, sem vitalidade e saúde.

Muitos pacientes me questionam sobre o exame escore coronariano de cálcio para determinar as suas condições.

Mas eles se esquecem de que antes desse exame é muito mais indicado outras avaliações de risco.

Dependendo do que se encontra, aí sim se pode pensar nesse exame.

Entendendo o escore coronariano de cálcio (ECC)

Trata-se de uma tomografia onde se estima o risco de alguém desenvolver doença cardíaca ou ter um ataque cardíaco ou derrame. 

O objetivo é determinar a quantidade de cálcio depositado nas artérias, que sinalizam seu acúmulo em placas, e que com o passar do tempo endurecem e estreitam as artérias.          

Quanto mais espessas suas artérias, maior sua pontuação de risco cardíaco para a próxima década como: 

Pontuação ECC Porcentagem 

Zero 1,4%    

1 e 100 4,1% 

101 e 400 15%

400 e 1.000 26%

Acima de 1.000 37%

De acordo com o estudo de Framingham, o risco de doença cardiovascular para idosos ou meia idade, com pontuação ECC zero, é semelhante.

Esse raciocínio vale para a mesma comparação com maiores riscos de ECC.

Ou seja, o objetivo que todos precisam entender é a necessidade de interromper a progressão da calcificação. Quanto mais cedo, melhor!

Para isso, deve-se pensar inicialmente em outros exames e estratégias para que se possa fazer a prevenção e o tratamento.

Estratégias preventivas 

Para se ter maior longevidade e menor risco cardiovascular, você precisa das seguintes medidas:

Alimentares 

  • Evite alimentos refinados, industrializados, ultra processados e elimine óleos de sementes industrializados 
  • Enfatize gorduras boas e proteína animal com moderação
  • Reduza carboidratos ao mínimo possível, assim como açúcar e frutose

Hábitos de vida

  • Exposição solar regularmente de modo saudável
  • Treino supra aeróbico
  • Suplementação de antioxidantes
  • Desintoxicação de ferro e metais pesados 
  • Evite tabagismo
  • Álcool com moderação

Recomendações de diagnóstico

Esses exames laboratoriais devem ser feitos periodicamente, de acordo com orientação de seu médico, para determinar o seu risco:

  • Proteína C Reativa
  • Insulina
  • Hemoglobina Glicada
  • Ferritina
  • Homocisteína
  • Potencial antioxidante
  • Níveis de metais tóxicos
  • Gama GT
  • Fibrinogênio
  • Colesterol / HDL 
  • LDL / HDL 
  • Triglicérides / HDL 
  • Apo A1 / Apo B 
  • Lipoproteína (a) 

Somente os pacientes com alto risco tem indicação de fazer o escore coronariano de cálcio (ECC).

Com esses resultados e promovendo as mudanças necessárias, você deverá seguir com o acompanhamento com o seu médico, checando se essas mudanças estão gerando os resultados desejados.

Só assim você terá a segurança que está fazendo o melhor para sua saúde, evitando ou revertendo os riscos silenciosos de desenvolver doença cardiovascular.

Supersaúde!

Referências bibliográficas:

  • Cardio Smart Understanding CAC Scoring 
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