As estatísticas têm mostrado um aumento do consumo de bebidas alcoólicas nesta época de isolamento. Frequentemente esses aumentos ocorrem em períodos comemorativos, como final de ano e carnaval, quando as pessoas socializam mais.
Apesar do álcool fazer parte de quase todas as sociedades há séculos, acredito que no mundo todo esteja ocorrendo essa tendência de abusos, em especial para diminuir a ansiedade e o estresse.
Porém, não podemos esquecer que o álcool pode ser um agente citotóxico que, dependendo da dosagem, pode levar à disfunção neuronal e danos cerebrais.
E com esse aumento do consumo de álcool, cada vez mais se tem procurado remédios para ressaca.
A promessa contra a ressaca
Uma grande promessa para tratar essa condição é baseada emum estudo de 2012, no qual a cientista Jing Liang, Ph.D e seus assistentes avaliaram a dihidromiricetina (DHM), o ingrediente ativo do fruto da árvore de passa japonesa (Hovenia dulcis).
Na verdade, a intenção deste estudo era determinar os efeitos dessa passa japonesa sobre o cérebro, doenças neurodegenerativas e envelhecimento.
Descobriu-se que a DHM colabora na redução dos sintomas da ressaca, além de proteger o fígado.
E, quando se trata de ajudar pessoas nessas condições, não há agente terapêutico eficaz que não venha sem efeitos colaterais.
Agora, além de alguns suplementos naturais eficientes para isso, a dihidromiricetina (DHM) pode ser um grande aliado.
Ações protetoras do DHM
- Acelera o metabolismo do álcool, pois segundo a Dra. Liang “ativa uma cascata de mecanismos que eliminam o álcool do corpo muito rapidamente”. Isso ocorre às custas de “enzimas” como álcool desidrogenase (ADH) e acetaldeído desidrogenase (ALDH).
- Aumenta a eficiência do ADH e ALDH
- Reduz o acúmulo de lipídios (gordura) no tecido hepático
- Reduz agentes inflamatórios, como as citoquinas
- Reduz marcadores de lesão hepática
Como o álcool danifica o fígado e o cérebro
A primeira dose alcoólica demora cerca de uma hora para ser metabolizada, e na bebida subsequente esse tempo vai se estendendo. Isso progride mais ainda nas bebidas subsequentes.
Quando o corpo atinge o seu limite máximo de metabolização, o álcool circula na corrente sanguínea, o que afeta outras partes do corpo, em especial o coração e o cérebro.
Com a cronicidade do consumo alcoólico, haverá destruição das células do fígado, resultando em cicatrizes e cirrose hepática. Isso também pode levar à hepatite alcoólica e câncer de fígado. Portanto, lembre-se sempre de beber com consciência e moderação. Este é um conselho importante a ser seguido por todas aqueles que desejam ter uma Supersaúde!
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Referências bibliográficas:
- Psychiatry Investigation, 2008;5(1): 21
- The Journal of Neuroscience, 2012;32(1):390
- Scientific Reports, 2020;10(10)
- Alcoholism Clinical and Experimental Research, 2020
- USC News, April 7, 2020
- Mayo Clinic, Alcoholic Hepatitis