Vivemos em uma época de quebra de paradigmas, facilitada pelo acesso rápido à internet, o que pode levar a confusões quando não nos dispomos a estar atualizados. Outra grande dificuldade é em que acreditar, pois há informações novas e antigas, antagônicas, que coexistem.
Veja este exemplo de revolução nos conceitos alimentares, aonde a verdade inquestionável sobre o ovo se tornou coisa do passado, derrubadas por pesquisas amplamente comprovadas.
Na década de 1960, quando a moda de baixo teor de gordura ganhou impulso, os médicos recomendaram comer apenas a clara dos ovos, uma vez que as gemas eram riquíssimas em colesterol, o que equivocadamente era mau para a sua saúde. Nessa época, o ovo era um vilão, aumentando o seu nível de colesterol e seu risco de doença cardíaca.
Agora, seguindo as recomendações de pesquisadores e cientistas, o ovo é reconhecido como um alimento nutritivo e as últimas Diretrizes Dietéticas para a Prevenção de Doenças e a Promoção da Saúde para os EUA no período de 2015-2020 suportam isso, pois deixaram seus limites rígidos sobre o colesterol na dieta.
Hoje, consumir ovo de todas as formas é uma rotina na vida das pessoas. Muitos, pela correria do dia a dia e pela praticidade, os preparam usando fornos de micro-ondas.
Só que isso traz sérias desvantagens como:
- Causam mudanças químicas nos alimentos, reduzindo nutrição ao usar campos eletromagnéticos de microondas que perturbam a função mitocondrial e aumentam seu risco de condições de saúde negativas
- Os ovos, quando cozidos e/ou reaquecidos no micro-ondas, trazem um risco de acidente eminente, que é a explosão do ovo no seu prato podendo levar a queimaduras e lesões oftálmicas sérias. Isso ocorre com certa frequência, tanto é que normalmente os fabricantes de micro-ondas avisam o fato nos manuais que acompanham o produto. E não vale só para o ovo, até a água superaquecida no micro-ondas pode desencadear esse fenômeno explosivo repentinamente.
- O uso de recipiente de plástico abre a probabilidade de que materiais tóxicos como o BPA se espalhem nos alimentos, contaminando-o com produtos químicos que destroem hormônios.
- Pode produzir aminas heterocíclicas (HCAs), hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs) e produtos finais de glicação avançada (AGEs), cada um dos quais é conhecido como cancerígeno.
- O processo de descongelar, cozinhar ou reaquecer os alimentos em micro-ondas promove alteração de suas estruturas químicas, o que prejudica os nutrientes. Só para citar um estudo, descobriu-se que o brócolis preparado no micro-ondas perdeu até 97% dos antioxidantes benéficos, e no caso do alho, em menos de 60 segundos inativou todo o componente ativo, que age contra o câncer.
- Segundo pesquisas comparando a desnaturação de proteínas, o uso de micro-ondas causa maior agressão do que o aquecimento convencional.
- Além disso, o micro-ondas promove destruição de agentes essenciais no leite materno que colaboram na proteção do seu bebê. Outro inconveniente é o risco desse leite ficar excessivamente quente e queimar a criança.
- A radiação de micro-ondas promove disfunção mitocondrial maciça por produção de radicais livres e aumenta o cálcio intracelular.
Resumindo: você não precisa evitar apenas o ovo de micro-ondas… Você deve evitar o micro-ondas em si! Esse é mais um dos caminhos para uma Supersaúde!
Referências bibliográficas:
- U.S. Office of Disease Prevention and Health Promotion, Dietary Guidelines for Americans 2015-2020
- Washington Post, January 7, 2016
- Precision Nutrition, All About Cooking and Carcinogens
- The Journal of the Science of Food and Agriculture, October 15, 2003; 83(14);1511
- Journal of Nutrition 2001 Mar;131(3s):1054S
- Bioelectromagnetics 2008 May;29(4):324
- Pediatrics. 1992 Apr;89(4 Pt 1):667-9
- Prevenção: A Medicina do Século XXI. Editora Gaia