Recentemente, Bob Harper – um “guru da saúde”, personal trainer e apresentador do programa “The Biggest Loser”, da rede americana NBC – teve um ataque cardíaco repentino. Ele está alegando que foi pela sua genética, pois sua mãe morreu de um ataque cardíaco, e que certamente iria acontecer com ele um dia.
Isso está sendo visto como algo inevitável, e se aconteceu com Bob, pode acontecer com qualquer um.
Segundo ele, “Os ataques cardíacos podem acometer qualquer um – por mais saudável que seja”.
Só que esse raciocínio não tem fundamento, não é verdade.
Antigamente se imaginava que 50% dos problemas de saúde eram de origem genética e os outros 50% de origem ambiental. Porém, com a Epigenética, ficou demonstrado que na verdade só 10% dos problemas são de origem genética e os outros 90% são de origem ambiental (alimentação, estilo de vida, contaminações ambientais).
E, quanto mais peca na alimentação, estilo de vida, maior é a agressão oxidativa no seu código genético elevando os seus riscos de 10% para números cada vez mais propensos a doenças que estavam no seu DNA.
Portanto, você tem saúde ou doença, depende da sua escolha!
A história de Bob não é incomum. Muitas pessoas “aptas” com estilos de vida “saudáveis” têm ataques cardíacos a cada ano. No entanto, os médicos continuam a insistir em que dietas com baixo teor de gordura e muitos exercícios cardio são as melhores maneiras de evitá-los.
Este conselho não é apenas errado, é mortal.
Quando você analisa o site do Bob Harper, fica claro que ele era um candidato em potencial para um ataque cardíaco. Ele era um vegano há anos. Seu programa de exercícios é focado na queima de calorias e inclui treinamento cardiovascular e receitas cheias de carboidrato e frango magro.
Esse tipo de dieta é perigosa, como os estudos têm mostrado. Além disso, seus programas de exercício são extenuantes, de várias horas por dia.
O exercício cardiovascular extremo, prolongado, causa inflamação silenciosa e oxidação que danifica seu coração, além de acelerar o seu envelhecimento e promover elevação das enzimas cardíacas, exatamente como depois de um ataque cardíaco.
Esses são fatores que teoricamente deveriam diminuir o risco de doença cardíaca, mas o que nós vemos é exatamente ao contrario: é a doença que mais mata atualmente.
O que fazer
A atitude correta, seria Bob ficar fora da esteira, aumentar a ingestão de gordura e eliminar carboidrato virtualmente a zero.
Além disso, sempre sugiro que se treine aeróbico no máximo 20 minutos, 3 vezes por semana, em dias alternados, como descrito no meu treino supra aeróbico mostrado em meu livro 20 Minutos e Emagreça.
Trata-se de variação de exercícios intensos, de explosões curtas, que fortalecem seu sistema cardiovascular, além de elevar em até 530% a produção de hormônio do crescimento.
Segundo o Harvard Health Professionals Study, a chave para o exercício não é a duração ou a resistência, mas a intensidade. Isso propicia maior longevidade e menor risco de morte.
Quanto mais intenso o exercício, menor o risco de doença cardíaca.
E tem outra grande vantagem: pode ser feito em qualquer lugar, e até sem nenhum equipamento de academia.
Mesmo que você alegue que não tem tempo, não tem desculpas, pois são só 20 minutos.
Expliquei melhor sobre esse assunto em um vídeo do meu canal no Youtube. Clique aqui para assistir e ter uma Supersaúde!
Referências bibliográficas:
- Circulation. 2003;107(8):1110-6
- JAMA. 1995 Apr 19;273(15):1179-84.
- Livro 20 Minutos e Emagreça. Editora Gaia