Na época das nossasavós, a menopausa não se manifestava como hoje, pois a imensa maioria das mulheres modernas passam por uma situação até certo ponto incapacitante.
Ela se manifesta precocemente, de forma mais prolongada e com maior intensidade.
Seus sintomas incluem alterações de humor, ansiedade, depressão, insônia, perda de memória, ganho de peso, inchaço, perda de libido, acne e perda de cabelo.
Você pode achar que isso tudo que está passando é natural, porém, não eram os sintomas que suas avós tinham.
A menopausa era uma transição relativamente breve que acontecia quando a menstruação de uma mulher parava. Só uma pequena parte sofria ondas de calor por alguns meses, e na sequência os sintomas desapareciam.
Porém, o que vemos hoje não tem nada de natural…
Como pode isso se a biologia da mulher não mudou?
Muitos podem pensar que a causa desses sintomas tóxicos da menopausa são o resultado da queda natural dos níveis de estrogênio.
Mas o que precisamos levar em consideração é que o mundo à sua volta já não é mais o mesmo… Pois agora há uma dominância importante do estrogênio.
Ao primeiro momento, pode parecer confuso o que eu estou lhe falando, pois conforme entra-se na menopausa seus ovários param de ovular e começam a diminuir a produção de estrogênio. E os níveis caem até 60%.
Vou explicar melhor, veja só…
Toxicidade no mundo moderno
Infelizmente, na nossa realidade atual, estamos sendo estimulados por falsos estrógenos (xenoestrógenos) que entram na nossa corrente sanguínea, onde se ligam aos receptores estrogênicos.
Esse bombardeamento vem de todos os lados, de sacos, garrafas e utensílios plásticos, água potável, desodorantes, produtos de beleza e até em comprovantes e notas impressas (cartão de credito, supermercados, lojas, etc.)
Com isso, os níveis de estrogênio do nosso corpo tendem a aumentar, gerando o que se chama dominância estrogênica.
Regulando essa dominância estrogênica
Existem 2 compostos naturais encontrados nos vegetais crucíferos, como couve de Bruxelas, couve-flor, brócolis e repolho, que ajudam a trazer o estrógeno de volta a níveis normais. São eles:
– Indole 3 Carbinol (I3C)
Auxilia a degradação do estrógeno em compostos não lesivos e mantém o equilíbrio com a testosterona, na proporção que deve correr naturalmente.
Os estudos mostram que com o uso de 200 mg, duas vezes ao dia de I3C promove uma redução dos níveis de estrogênio na urina em torno de 45%.
– Diindolylmethane (DIM)
Parte do I3C transformada em DIM, que promove redução do estrógeno em níveis normais. Os estudos mostram bons resultados com 200 mg, duas vezes ao dia.
– Beta-Sitosterol
Planta que contém esse princípio ativo. Encontrado em abacates, nozes e sementes de abóbora. A dosagem na maioria dos estudos é de 50 mg a 200 mg por dia.
– Canabidiol (CBD)
Um aliado de peso que modula a sobrecarga de estrogênio. Pode também colaborar no alívio muitos dos sintomas da menopausa, segundo as pesquisas.
Comprovações recentes confirmam que há uma ligação entre o sistema endocanabinoide natural (ECS) do seu corpo e seus hormônios.
E neste caso quando se usa o CBD, ativa-se o sistema endocanabinoide presentes em vários órgãos, como o cérebro e o sistema reprodutivo, tornando-os mais eficientes ainda.
Com isso:
– melhora humor, sono e memória,
– ativa fertilidade, reprodução e supressão da produção de estrogênio, a partir da testosterona, pela inibição da enzima aromatase.
– estimula a degradação do estrogênio através das enzimas chamadas citocromos.
– alivia depressão e ansiedade comuns na menopausa
– melhora a névoa mental e perda de memória, comuns nestas condições, pois quando se tem um desequilíbrio de estrogênio, os neurônios cerebrais param de formar novas conexões. Isso é reparado pelo CBD que recupera essas conexões.
– aumenta o fluxo sanguíneo cerebral ativando a área da memória, de acordo com pesquisadores da University College London.
– Inibe as ondas de calor que ocorrem quando os níveis de estrogênio estão fora do normal, agindo no hipotálamo, à área do cérebro que regula a temperatura.
Então, se você está entrando na menopausa e sofrendo com os sintomas, converse com o seu médico. Há alternativas naturais que podem minimizar o problema.
Supersaúde!
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Referências bibliográficas:
- Handbook Exp Pharmacol. 2015; 231: 317–339.
- Reprod Toxicol. 2020 Apr;93:75-82.
- Cancer Lett. 2005 Sep 28;227(2):115-24.
- Mol Neurobiol. 2019 Feb;56(2):1070-1081.
- Neuropsychopharmacology. 2011 May;36(6):1219-26.
- Curr Neuropharmacol. 2017 Feb; 15(2): 291–299.
- Front Neurosci. February 2015. 9:37.
- J Psychopharmacol. 2020 Sep;34(9):981-989.
- Calvície: Motivo de Pânico Crescente entre as Mulheres – www.DrRondo.com