Poluição do Ar Reduz Inteligência e Expectativa de Vida

É bem difícil de acreditar, mas o ar que respiramos, que nos dá vida, hoje, ao contrário, nos tira a vida. Cerca de 95% do planeta está respirando ar cheio de poluição, segundo o Health Effects Institute.

E quando me refiro a isso, precisa ficar claro que nós passamos 90% do nosso tempo em ambientes fechados, aonde o ar esta cerca de 100 vezes mais poluído do que fora.

Infelizmente todos nós ainda pensamos com conceitos do século passado em termos ambientais, por mais que tenhamos conhecimento pela imprensa desses agressores modernos.

As pessoas ainda acham que isso está muito distante da realidade delas mal sabem o risco que estão correndo.

Nós fomos designados para nos defender de bactérias, fungos, através de uma resposta orgânica de defesa, com aumento de leucócitos, febre…

Mas não fomos designados para lidar com metais tóxicos que estavam presentes na profundeza dos solos e o homem trouxe à superfície na época da revolução industrial.

Esses tóxicos são hoje os principais componentes da poluição ambiental. Eles se alojam nas nossas células sem que tenhamos como eliminá-los.

Ficamos inertes nessa condição e com o passar do tempo essa concentração só aumenta, paralelo ao envelhecimento, que por si só já gera maiores riscos de doenças.

Agora, imagine esses fatores associados…

Poluição dentro dos ambientes

Os agressores dentro de casa são, como já falei, são 100 vezes mais importantes do que a poluição externa. São, portanto, uma enorme fonte de doenças crônicas em pessoas suscetíveis.

Dentro de um ambiente estamos sob constante exposição advinda de diversas fontes, ao passo que a poluição externa corresponde somente a 10% do tempo de nossa vida; é uma exposição intermitente a produtos e as fontes são ilimitadas.

Os poluentes de interiores de maior importância são:

  • Pesticidas – inseticidas e herbicidas
  • Produtos de combustão – gás e produtos derivados do tabaco
  • Produtos de construção – derivados de formaldeído, carpetes, azulejos, pisos, tinta de parede, móveis imitando madeira, etc.
  • Solventes orgânicos – encontrados em pinturas, mobílias, tecidos produtos de lavanderia para limpeza a seco, amaciantes e engomadores, xampu de tapetes, colas de móveis

Em relação à poluição de ambientes temos mais quatro itens de importância secundária:

  • Cosméticos e produtos de toalete: perfume, desodorante, xampu, condicionador e tinturas.
  • Plásticos
  • Produtos de limpeza – sabões, polidores, detergentes, limpa-vidros, desodorizadores de ambiente, etc.
  • Material usado para confecção – de tapetes, roupas sintéticas, colchões e edredons, sapatos e estofados, etc.
  • Poluentes eletromagnéticos – telefone celular, lâmpadas fluorescentes, WiFi, computadores, TVs, etc.

Como agem no organismo

Para que se desencadeie alguma sensibilidade química importante, é necessária a presença de alguns fatores: sua ação negativa, dependendo do tempo de uso, da toxicidade do produto e da frequência com que se usa o produto. Esses produtos podem ser absorvidos de três formas, no nosso organismo: podem ser inalados, ingeridos ou absorvidos pela pele.

Quando absorvidos, têm afinidade por estruturas lipídicas que são mais vulneráveis aos produtos químicos, como é o caso das células do cérebro (o cérebro é o órgão mais gorduroso do corpo) e do sistema nervoso principalmente.

Tanto é que a membrana celular é uma estrutura lipídica altamente vulnerável a esses elementos, permitindo sua entrada e provocando alterações no metabolismo celular (o cérebro é o principal alvo).

Sintomas

Sintomas mais comuns na exposição a estes xenobióticos ou agentes tóxicos são: depressão, fadiga, memória diminuída, falta de concentração, ideias dispersas, dor de cabeça, sensação espacial ou aérea, tonturas, confusão mental, irritação nos olhos e garganta, laringite, tosse crônica, asma, bronquite, palpitações, erupções de pele e outros sintomas.

Muitas vezes o sistema orgânico tem uma ação suicida e, para poder eliminar elementos químicos, destrói partes metabólicas próprias.

A desintoxicação natural do nosso organismo pode ser prejudicada ou bloqueada por:

  • Deficiência vitamínica, de minerais, aminoácidos e ácidos graxos essenciais.
  • Agentes químicos estranhos ao nosso organismo que este não consegue eliminar.
  • Enzimas envenenadas por metais tóxicos, como alumínio, mercúrio, cádmio e chumbo.
  • Fatores genéticos (falta de enzimas)

Poluição de exteriores

Cada vez mais estão se tornando presentes no nosso meio ambiente metais pesados, como chumbo, mercúrio e alumínio.

Não deveríamos ter esses metais no nosso corpo. Como não temos condições de eliminá-los de forma eficiente, estes geram sérios problemas à nossa saúde.

Eles impedem o normal funcionamento celular, causando então enfraquecimento do sistema imunológico, envelhecimento precoce e aparecimento de doenças degenerativas.

Atualmente devemos estar conscientes acerca desse problema, procurarmos o modo ideal de medir a existência desses metais no ar, água, no nosso alimento e aprendermos mais sobre como nos contaminamos com eles.

Assim poderemos agir de forma preventiva, de modo a evitar excessiva exposição e acúmulo, fazendo programas de desintoxicação periódicos para que se mantenha o menor nível desses metais nas células.

Análise de cabelo (mineralograma) é a melhor forma de se avaliar a presença e o acúmulo desses elementos tóxicos.

Efeitos da poluição do ar começam antes do nascimento

Todos esses contaminantes externos e de dentro dos ambientes provocam um estresse oxidativo importante.

As evidências, segundo as pesquisas recentes, apresentadas no Congresso Internacional da European Respiratory Society, mostram que a poluição do ar provoca condições negativas de saúde, especialmente estresse oxidativo em adultos e crianças.

Segundo a OMS, 93% das crianças e adolescentes no mundo respiram um ar inadequado para a saúde.

Na gestação, leva a enfartes na placenta, o que diminui o aporte de oxigênio, podendo até causar morte do bebê.

Desde o desenvolvimento fetal, a criança já sofre os efeitos da poluição, tanto é que influencia no parto prematuro, baixo peso ao nascer, mortalidade infantil e problemas respiratórios na infância.

O que agrava o problema é o fato de que nesta fase o sistema imunológico ainda está em formação, ficando mais comprometida a defesa contra esses agressores.

Pode desencadear doenças como alergia, asma, pneumonia e câncer infantil.

A exposição aos altos níveis de poluentes também aumentam o risco de:

– Danos cerebrais.

Compromete funcionamento cognitivo, tanto de aprendizado, linguagem e aritmética. No caso do idoso é mais crítico ainda.

– Doenças crônicas

Potencializando, diabetes, demência, doença de Alzheimer e câncer.

– Doença cardiovascular

Apresentaram níveis maiores de LDL em 50% e de triglicérides em 46%. Isso indica altos níveis de gordura no sangue. Além disso, levam a um aumento de inflamação nas artérias, maior risco de hipertensão arterial, infarto e derrame.

– Doenças renais

Comprometimento de filtração glomerular induzindo rápido declínio da função renal.

– Doenças neurológicas

Desencadeia neuroinflamação e neurodegeneração

– Obesidade e diabetes

Respirar essas toxinas ambientais causa um desarranjo hormonal, reduzindo o metabolismo. Com isso as suas células passam a armazenar mais gordura. Além disso, seu pâncreas começa a secretar muita insulina, levando ao ganho de peso e diabetes tipo 2.

Referências bibliográficas:

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