Perda de memória não faz parte do processo de envelhecimento.
Mesmo pequenos lapsos não devem ser vistos como normais. A causa está em lesões cerebrais do mesmo tipo que ocorrem no mal de Alzheimer. Calma, não se assuste. Isso não significa que haverá uma fatal evolução para demência séria. Menos estresse, alimentação adequada e um bom programa de exercícios físicos podem interromper e até reverter a evolução das lesões.
Ações básicas
A resistência à insulina e o diabetes aumentam de forma expressiva os riscos de demência. Assim, hoje pensa-se no Alzheimer como um tipo de diabetes cerebral e os cuidados preventivos são bastante semelhantes aos sugeridos a diabéticos: evitar açúcar, aspartame, grãos – inclusive a soja – e reduzir alimentos de alto índice glicêmico na dieta. Açúcar e grãos geram resistência à insulina, origem de inflamações que lesam células cerebrais. Alimente-se de acordo com seu tipo metabólico, consuma vegetais ricos em antioxidantes e ômega 3 – 50% do cérebro se compõe desse ácido graxo, gordura também conhecida como DHA. Ômega 3 protege contra demência. Reduz inflamações no cérebro, regenera células nervosas, favorece as funções das membranas cerebrais e limita o acúmulo de placas beta-amilóide, uma das características do Alzheimer.
Movimentos do bem
Exercícios aumentam o fluxo de sangue no cérebro, promovendo reparo de tecidos e crescimento de novas células. Também diminuem o risco de doenças cardiovasculares, que podem danificar funções cerebrais. Ajudam a evitar lapsos de memória, demências e favorecem ganhos cognitivos. O psiquiatra John Rafey afirma ser possível retardar demência por 10 ou 15 anos com a simples realização de um programa de exercícios 3 ou 4 vezes por semana.