Com frequência se ouve que os idosos não precisam suplementar a dieta, pois tudo que precisam eles conseguem com os alimentos…
Na verdade, vários fatores aqui se somam mostrando que não é bem assim.
Os idosos tendem a ter más dietas em geral, especialmente aqueles que moram sozinhos ou são institucionalizados. Há várias razões para isso, incluindo:
- Os idosos tendem a ter pouco apetite devido a taxas mais elevadas de depressão;
- À medida que as pessoas envelhecem, o olfato e, portanto, o sentido do paladar diminuem.
- Os idosos raramente bebem água suficiente, pois a sensação de sede diminui com a idade.
A dieta moderna, com muitos produtos refinados e industrializados, acaba não tendo a quantidade adequada de nutrientes. Ou pior: tem nutrientes errados em abundância (os calóricos) e uma falta importante de micronutrientes.
Há ampla evidência de que a maioria dos solos está com nutrientes esgotados, o que leva a valores mais baixos de nutrientes nos alimentos integrais.
O alimento é produzido em áreas distantes, colhido, transportado, às vezes demorando para chegar ao local de abastecimento, congelado, aquecido… Quando chega ao prato, há ainda uma maior perda nutricional.
É regra também que os idosos tenham deficiências de produção de ácido hidroclorídrico, o que compromete a assimilação nutricional.
Resultado: a dieta e a assimilação são deficientes, o que agrava mais ainda a condição.
Para piorar, além disso, hoje se fazem as refeições às pressas, se mastiga pouco, e com frequência em situações de estresse, comprometendo mais ainda à assimilação.
Nos idosos há perda de estruturas da mucosa gastrointestinal (vilosidades intestinais) e com isso a capacidade do seu corpo de absorver B12 também diminui significativamente com a idade.
Os sintomas de Alzheimer são de fato extremamente semelhantes aos sintomas de deficiência grave de B12, dificultando até o diagnóstico preciso.
Portanto, como as pessoas estão comendo essas dietas ruins, fazer uma suplementação nutricional se torna importante.
Claro que a solução na verdade seria uma boa dieta.
Além dessa deficiência tão clássica de vitamina B12, ainda temos carências significativas em magnésio e vitamina D.
– Magnésio
Os estudos da National Health and Nutrition Examination Survey, além de outros estudos de grande escala sobre o que as pessoas comem, mostram que a deficiência de magnésio é provavelmente a deficiência mineral mais comum na América e certamente no Brasil.
– Vitamina D
Sua falta é tão prevalente nos idosos que metade das pessoas hospitalizadas por fraturas de quadril são deficientes em vitamina D. E o importante no caso não é só o cálcio extra. Sozinho, ele não ajuda nas fraturas. É necessário quantidade extra de vitamina D e vitamina K, que ajudam a colocar o cálcio onde ele precisa estar.
Portanto, converse com o seu médico para estas e outras suplementações adequadas ao seu caso. No mundo moderno, elas são de grande ajuda!
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Referências bibliográficas:
- Livro Prevenção: A medicina do século XXI. Editora Gaia
- A sua saúde passa pelo seu intestino. Dr. Serge Jurassunas. Editora Natipress. 2004
- The importance of good nutrition. Getty T. Ambau. Falcon Press. 2005
- www.drrondo.com/magnesio-deficiencia/
- www.drrondo.com/atencao-nivel-vitamina-d/
- www.drrondo.com/se-voce-esta-tomando-vitamina-d-tenha-a-certeza-de-que-tambem-esta-ingerindo-vitamina-k2/
- www.drrondo.com/qual-a-hora-certa-de-tomar-suplementos-nutricionais/