Em geral, os estudos que relacionam a depressão à obesidade partem do seguinte princípio: o excesso de peso seria o responsável por doenças associadas, e uma das consequências disso é o maior risco da doença em pessoas obesas.
Mas, agora, outro estudo diz algo diferente. Segundo a pesquisa feita em conjunto pela Exeter University, do Reino Unido, e a australiana University of Shouth Australia, somente o fato de estar obeso pode desencadear o processo depressivo.
Isso significa que o fator psicológico do excesso de peso causa o problema, mesmo que a pessoa não tenha outras doenças. Para determinar essa afirmação, os pesquisadores analisaram os dados de 48 mil pessoas que tiveram depressão.
Através de pesquisas em bancos de dados genéticos, eles procuraram a ligação entre as duas condições e separaram a influência psicológica da obesidade nos quadros depressivos, das doenças correlacionadas.
Segundo a pesquisadora Dra. Jessica Tyrrell, “Nossa robusta análise genética conclui que o impacto psicológico de ser obeso é susceptível de causar depressão. Isso é importante para ajudar a direcionar os esforços para reduzir a depressão, o que torna muito mais difícil para as pessoas adotarem hábitos de vida saudáveis”.
Depressão e obesidade: como prevenir
De qualquer forma, está claro que a obesidade e a depressão estão diretamente ligadas. E se você cuida da sua alimentação, certamente vai prevenir e até tratar ambas.
Um outro estudo australiano já indicou que pessoas que consumiram maiores quantidades de glúten tinham pontuações mais altas em testes de depressão, por exemplo.
Logo, se você deixa de lado os carboidratos, grãos, alimentos refinados e industrializados, já estará fazendo progresso e se prevenindo da depressão e da obesidade. Além disso, há alternativas interessantes como:
1) SAMe
Essa molécula é importante na produção de neurotransmissor, sendo usado na Europa para tratar a depressão há mais de 20 anos. Segundo um estudo de Harvard, 50% dos pacientes com depressão grave que foram tratados com SAMe responderam bem ao suplemento. E 43% até tiveram remissão dos sintomas.
2) Ômega-3
Há uma correlação clara que mostra que as gorduras ômega-3 ajudam a afastar a depressão. Seu consumo aumenta a massa cinzenta nas áreas do cérebro que controlam a depressão, as emoções e o humor.
Essa melhora também pode ser observada em pacientes bipolares que não respondem adequadamente a drogas químicas. Nesses casos, o óleo mais adequado é o de krill, pela maior pureza e eficiência.
3) Magnésio
A deficiência de magnésio a nível cerebral está ligada a quadros depressivos graves. Sua suplementação pode melhorar a condição em menos de uma semana.
E lembre-se: sua alimentação é importante não só para lhe manter magro, mas também para sua saúde integral. Coma bem e previna-se: a prevenção é a melhor medicina!
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Referências bibliográficas:
- Being overweight likely to cause depression, even without health complications. Eurekalert. 13 nov. 2018.
- ACS chemicalneuroscience. 2014
- Anatomy of an Epidemic: Magic Bullets, Psychiatric Drugs and the Astonishing Rise of Mental Illness in America. Crown Publishing.2010
- PLOS Medicine.November 8, 2005.
- BiolPsychiatry. 2009 May 1.
- Aliment Pharmacol Ther. 2014.