Segundo o cientista social Donald Light, que acaba de lançar o livro “O Risco dos Medicamentos” onde analisa os estudos publicados nos últimos 40 anos, 85% dos remédios lançados pela indústria farmacêutica nesse período oferecem pouca ou nenhuma vantagem terapêutica quando comparados aos já existentes.
Então eu pergunto a você: será que vale a pena correr o risco de se usar esses novos medicamentos?
Fato é que os usuários de medicamentos estão cada vez mais expostos ao risco de reações adversas graves por causa de problemas existentes no sistema de pesquisas, aprovação e divulgação de novas drogas. A pesquisa de Donald Light mostra também um aumento de notificações de reações adversas na casa dos 15% ao ano, nos Estados Unidos.
Já no Brasil, desde 2008, o aumento no número de notificações de reações alérgicas está na casa dos 17%.
O cientista Donald Light elenca uma série de práticas dos laboratórios, batizadas de “Síndrome da Proliferação de Risco”, que aumentam a probabilidade de os usuários sofrerem reações adversas.
A primeira delas diz respeito ao fato da maioria dos testes feitos para avaliar a eficácia e a segurança de novas drogas serem conduzidos pela própria indústria de forma a maximizar evidências de efeitos colaterais.
De acordo com Light existem vários estudos que mostram que as técnicas utilizadas minimizam a documentação de efeitos adversos. Uma delas encurta os ensaios clínicos e exclui idosos, mulheres e outros voluntários com maior probabilidade de apresentar problemas.
Quando uma agência reguladora aprova uma droga, é porque a considera segura. Mas, a verdade é que ela não tem evidências suficientes para saber isso.
Ainda de acordo com os dados publicados no livro “O Risco dos Medicamentos”, um em cada cinco novos medicamentos causa efeitos colaterais graves o suficiente para necessitar a inclusão de um alerta na bula ou ser retirado do mercado na primeira década de uso.
E exemplos recentes não faltam! Basta verificar a existência de medicamentos como antiinflamatórios proibidos ou restritos no Brasil, como o Avandia, devido ao aumento de risco cardíaco e aumento de enfartes.
Além disso, a indústria farmacêutica influenciou na produção científica que redefiniu os critérios de saúde e transformou condições naturais como menopausa, ansiedade e tristeza em doenças. As pessoas estão tomando mais medicamentos por períodos mais longos e isso eleva o risco de efeito adverso e de interação de medicamentos.
Os critérios usados para definir o que é Diabetes, Hipertensão, Obesidade e Hipercolesterolemia foram afetados pela indústria farmacêutica, de acordo com a pesquisadora Adriane Fugh-Berman, da Universidade Georgetown.
O que era considerado pressão arterial normal há 20 anos, exemplifica, hoje é visto como pré-hipertensão. Pessoas com Índice de Massa Corpórea (IMC) de 30 antes consideradas obesas, hoje são obesos moderados. Pessoas que tinham o colesterol acima de 200 eram consideradas normais, hoje não. Isso aumenta o número de pessoas que precisam de tratamento.
Segundo Adriane Fugh-Berman, a indústria está pagando médicos para dizerem que é preciso tratar as pessoas mais cedo. Ela acrescenta ainda que a indústria farmacêutica está usando os médicos como marionetes para levar sua mensagem de marketing.
Tenho falado sempre sobre isso e o livro “O Risco dos Medicamentos” vem num momento bastante oportuno.
É importante que você tenha em mente que remédios químicos são excelentes, salvam vidas, mas devem ser usados em situação aguda, pois senão vão gerar problemas.
Em situações crônicas e na prevenção devem-se usar suplementos vitamínicos, pois estes não vão lhe causar efeitos colaterais.
O ideal mesmo é procurar ter uma alimentação adequada ao seu Tipo Metabólico, fazer atividade física moderada e usar os seus suplementos vitamínicos antioxidantes.
Invista em tratar a saúde e não em doença!
Arrume tempo para se cuidar ou então você vai precisar de muito mais tempo para tentar se tratar!
Super Saúde!
Referências bibliográficas:
– New England Journal of Medicine September 23, 2010
– PM Live November 3, 2011
– Journal of the American Medical Association September 12, 2006