Com a legalização da cannabis em vários estados americanos, o canabidiol (CBD), que é um fitocanabinóide, se tornou amplamente disponível. Está ocorrendo uma febre de crédito terapêutico, especialmente pelo fato de não apresentar efeitos colaterais, como ocorre com certas medicações.
Uma pesquisa de 2017 mostra que o CBD agora é amplamente usado (tanto autoprescrito quanto recomendado pelos profissionais) para substituir os produtos farmacêuticos em condições como ansiedade, insônia e depressão.
O que os estudos têm mostrado realmente é animador em relação ao canabidiol (CBD). 94% dos pacientes relatam alívio efetivo para dezenas de problemas de saúde diferentes, sem presença de efeitos colaterais.
Esses produtos de canabidiol (CBD) contêm quantidades quase indetectáveis de tetra-hidrocanabinol (THC), que é o principal componente psicoativo da cannabis, e tem apresentado, portanto, melhora para ansiedade, humor e depressão.
De acordo com estudo em 1.399 pacientes, realizado pela Universidade Estadual de Washington, houve 58% de melhoras na classificação de humor e ansiedade após o uso do CBD.
Em outra publicação do Journal of Molecular Biology, os pesquisadores trataram os pacientes com uma dose única diária, durante 7 dias. Houve melhora de humor em apenas 30 minutos após a utilização do CBD.
Nas avaliações do CBD nas neuroimagens cerebrais, ele tem mostrado que sua influência altera as atividades envolvidas no processamento emocional e áreas que influenciam ansiedade, humor e depressão.
Outro mecanismo que influencia os efeitos antidepressivos do CBD pode ser sua capacidade de aumentar rapidamente o fator neurotrófico derivado do cérebro (mostrado em modelos de camundongos), semelhante a drogas químicas, mas sem um componente psicoativo.
Age também diretamente em subtipos específicos de receptores GABA, o que justifica ainda mais sua qualidade ansiolítica. Certamente os níveis de neurotransmissores dos pacientes (serotonina, GABA, dopamina, noradrenalina, epinefrina, glutamato, histamina, glicina e AEP) estão sendo influenciados pelo CBD.
Canabidiol (CBD) e o sono
Além da inflamação e da dor, outra área em que um óleo de cânhamo de espectro completo pode ser benéfico é melhorar o sono e tratar a insônia. Ele age reduzindo a excitabilidade no cérebro e em vários neurotransmissores que estão envolvidos com um ciclo normal de sono.
Em pesquisa com 409 pacientes que apresentavam problemas de sono, após o uso de CBD os voluntários relataram uma melhora média de 45% nos escores de avaliação. Isso significa um sono mais longo, profundo e refrescante – sem efeitos colaterais.
Embora tenha um efeito calmante e ajude a estabelecer um ciclo normal de sono, não é necessariamente um sedativo. Pode-se usá-lo com melatonina. Os estudos mostram resultados com 25 mg de CBD, de um óleo de amplo aspecto, usados uma ou duas horas antes de dormir.
É importante, porém, ressaltar que essa ainda não é uma realidade brasileira, pois aqui ainda não há regulação sobre o uso do CBD. Essas são apenas informações do que acontece lá fora, e como as pesquisas mostram um futuro promissor sobre este assunto. É aguardar para ver o que acontecerá por aqui. Supersaúde!
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