Um dos maiores problemas de gestantes são as náuseas e vômitos que ocorrem no primeiro trimestre de gravidez. O único tratamento que se usa para isso é a metaclopramida, que estimula os músculos do trato gastrointestinal, incluindo o músculo do esfíncter inferior do esôfago, estômago e intestino delgado.
Apesar de ser usado em muitos países para alívio de náusea e vômito de gestantes, nunca foi aprovado pelo FDA por não haver provas suficientes de que seja seguro, especialmente para bebes em desenvolvimento.
Porém, há médicos que dependem da medicação para tratar as suas pacientes, pois não há outro tratamento aprovado para esse fim. Então, eles continuam tentando provar a segurança da metaclopramida.
Apesar disso, há uma alternativa altamente eficiente, de acordo com estudo publicado no American Journal of Obstetrics and Gynecology em 1952. Sim, 65 anos atrás!
Alívio completo dos sintomas em 3 dias
Em um estudo avaliou-se 70 mulheres com náusea e vômitos de gestantes, moderado a severo, e deu-se 5 mg de vitamina K3 e 25 mg de vitamina C. Com 3 dias, 64 das 70 mulheres tiveram eliminação de todos os sintomas, ou seja, 91% de sucesso.
Três mulheres tiveram alívio dos vômitos, mas se mantiveram nauseadas mesmo com altas doses. Somente 3 das 70 mulheres não tiveram resultado algum.
Mas o “pulo do gato” nesse tratamento é que as 2 vitaminas devem ser tomadas ao mesmo tempo. Se forem usadas separadas em horários diferentes do dia, o tratamento não funciona.
Além do resultado, não há nenhum risco para o feto, pois como talvez você não saiba, é frequente os bebês receberem essa vitamina imediatamente após o nascimento para prevenir “doença hemorrágica do recém nascido”, que é na verdade a manifestação da deficiência da vitamina K. É algo ignorado, mas altamente efetivo para náuseas e vômitos da gestante e para a saúde do bebe.
Em um estudo realizado na Universidade de Viena, na Áustria, descobriram que mais de 90% das mulheres grávidas com hiperemese gravídica estavam infectadas com H. Pylori (bactéria que causa úlceras no estômago), possivelmente pelo fato de que, na fase inicial da gravidez, as mudanças na concentração de fluido corporal da mulher afetam a acidez (pH) do estômago.
Isso pode, por sua vez, ativar H. Pylori latente nesse órgão, gerando náuseas e vômitos graves, muitas vezes levando à perda de peso e distúrbios eletrolíticos.
Nestes casos, porém, quando há necessidade de tratar o H. Pylori, normalmente se usa uma combinação de dois antibióticos e outro agente para proteger o estômago.
Só há um problema…
Apenas um dos dois antibióticos, a amoxicilina, é recomendado para uso em mulheres grávidas, e o metronidazol ainda é questionado, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças Americanas. Por isso, é hora de pensarmos em outras opções possíveis: mais naturais e melhores!
Referências bibliográficas:
- Obstetrics & Gynecology. April 1998;91:615-617
- American Journal of Obstetrics and Gynecology . 1952