Mulheres: perdendo a cabeça por causa da queda de cabelo?

mulher que possui problema de queda de cabelo escovando o cabelo

Se tem uma coisa que pode deixar uma mulher extremamente frustrada é perceber a queda de seus cabelos. Quando o problema chega ao extremo dela notar falhas no couro cabeludo, aí a situação se torna desesperadora!

Em geral, os homens não reparam nisso com tanta atenção, ou até mesmo ignoram: é que eles já estão condicionados a acreditar que podem perder seus cabelos, mais cedo ou mais tarde… É claro que também não gostamos disso, mas, na maioria das vezes, não chegamos a nos desesperar.

Porém, para as mulheres é diferente. Ver aos montes seus cabelos no ralo do chuveiro é algo que causa grandes danos à autoestima. E quando isso acontece, elas tentam ao máximo “segurar” o cabelo.

De qualquer forma, uma coisa é certa: homens e mulheres não querem perder seus cabelos. Por isso, durante estes anos, eu tenho pesquisado estratégias para ajudar as pessoas nessa situação, não só estacionando a queda de cabelo, mas recuperando o crescimento natural dos fios.

O que causa a queda de cabelo

Entenda que perder até 100 fios de cabelo por dia é algo normal, mas se você está perdendo bem mais que isso, então há algum problema. As causas de queda de cabelo podem ser desde danos nas raízes até material morto e endurecido do eixo do fio do cabelo.

Se o problema é somente com o eixo do cabelo, é algo temporário e pode ser melhorado com algumas mudanças de hábitos. Por exemplo, usar tinturas e permanentes pode ser a causa da queda. Uma vez que os agentes colorantes ou descolorantes que danificam o cabelo são removidos, os fios novos crescem bem.

Porém, o dano pode ser no folículo piloso, o que ocorre em toda a cabeça ou mais nas têmporas, como é mais comum nos homens. No primeiro caso, trata-se Alopecia Capitis, e no segundo, o problema tem o nome de Alopecia Androgênica.

Nas duas situações, o médico precisa examinar o seu couro cabeludo, com o auxilio de microscopio, para fazer o diagnóstico.

Fatores que contribuem para a queda de cabelo

Há uma lista longa de fatores metabólicos e tóxicos que podem contribuir para a queda de cabelo, como:       

1 – Hipotireoidismo

2 – Reposição hormonal.

Os progestin sintéticos causam o desequilíbrio hormonal e consequentemente a queda de cabelo. Já a reposição hormonal bioidêntica normalmente não causa isso.

3 – Estresse

Longos períodos de estresse na sua vida podem alterar a sua glândula adrenal e hormônios sexuais, levando a queda de cabelo nos meses seguintes.

4 – Doenças

5 – Dietas muito rígidas sem a correta orientação profissional

6 – Desequilíbrio nutricional, muito comum atualmente pela desnutrição subclínica: a pessoa não tem doença, mas também não tem saúde

 7 – medicações

Normalmente se ignora isso, mas antiácidos, medicações anticonvulsivantes e remédios para afinar o sangue são sabidamente conhecidos como causadores de alteração de raiz do cabelo.     

8 – genética

Papel importante na queda de cabelo, de acordo com a hereditariedade.

Mas não se desespere: há boas notícias. Apesar de tudo isso, você não precisa simplesmente aceitar a queda de cabelo.

Você tem opções:

  • Com uma boa avaliação médica, muito se esclarece.
  • Faça exame de função tireoidiana.
  • Cortisol é o principal hormônio de resposta ao estresse produzido pela glândula adrenal.
  • SHBG (Hormônio Sexual Ligado a Globulina) que se liga a testosterona e ao seu alvo metabólico, a dehidrotestosterona(DHT). Quando o seu fígado, por toxinas, glicemia elevada etc., não produz SHBG em dosagem suficiente, muita da testosterona e do DHT ficam livres e penetram no folículo, causando o padrão de calvície masculina.

Na verdade, a tireoide estimula a produção de SHBG no fígado, e por isso o hipotireoidismo causa queda de cabelo.

  • Metais pesados, normalmente checados no perfil de metal tóxico (clique aqui para ver mais sobre esse exame em outro post).
  • Fazer avaliação nutricional, checando excessos (exemplo: vitamina A) e deficiências (biotina, zinco, ferro e ferritina), todos eles correlacionados com a queda de cabelo.       
  • Checar distúrbios de ecologia intestinal e assimilação que comprometem a absorção dos nutrientes.

Tratamento

  • Uma vez que a causa da queda de cabelo tenha sido descoberta, deve-se:
  • Reduzir o estresse;
  • Mudar medicações, se for o caso;
  • Tratamento da exaustão da glândula adrenal;
  • Desintoxicação de metais pesados, pois estes elementos podem desempenhar papel importante na queda de cabelo e comprometimento de novos fios;
  • Corrigir os desequilíbrios hormonais:

– Na grande maioria dos casos, estando de forma isolada ou associada, trata-se de baixo funcionamento da glândula tireoide;

– Bloquear a conversão de testosterona em dehidrotestosterona (DHT), um metabólito mais ativo, com isso evitando que esta molécula (DHT) entre nas células dos folículos pilosos causando a calvície.

  • – Suporte nutricional e básico para poder fortalecer o seu cabelo, além de estimular novo crescimento capilar, como:

– Biotina e Zinco: essenciais para a regeneração do folículo capilar;

– L-Lisine: que segundo estudos têm papel importante no crescimento do cabelo;

– Metilsulfonilmetano (MSM), um importante fator metabólico;

– Além destes, é necessário um ajuste geral conforme o perfil de cada mulher, pois sem isso, esses nutrientes isolados não vão promover os resultados esperados.

  • Creme capilar;
  • Se há necessidade de mais ajuda, uma formulação personalizada de acordo com cada necessidade para uso no couro cabeludo pode ser útil.

E lembre-se, queda de cabelo leva meses para se desenvolver e você deve entender que leva tempo também para reverter completamente o problema, apesar de se perceber resultados progressivos em curto período.

Com paciência e tempo, esse plano de tratamento pode, para a maioria das mulheres, restaurar seus cabelos e sua autoestima!

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Referências bibliográficas:

  • Lancet September 30, 2000; 356: 1165-1166.
  • Emergency Medicine, August, 1998;137-138
  • Fertility and Sterility January 2003;79:91-95
  • Nature March 20, 2003;422(6929):317-22
  • Good Medicine, Spring 1994;11-13
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