Mito:  Ferro heme da carne vermelha induz câncer de coloretal

As evidências que suportam essa alegação, não tem força alguma, só observando o que os proponentes sugerem.

A associação entre carne vermelha e câncer coloretal são fracos em magnitude, com risco estatístico não significativo, além da falta de clareza na dose resposta.

E caso realmente a carne vermelha induzisse câncer, seria esperado que haveria um aumento linear de câncer, no caso quando o consumo aumenta. Mas não é o que se vê na imensa maioria dos casos.

Desde 2015, com o estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS), tentando culpar a carne vermelha, ficou claro o viés do resultado, pela exclusão dos cientistas que não concordavam com o que se tentou mostrar como resultado.

Para se concluir algo assim, é necessário estudo duplo cego randomizado, com 2 grupos similares em idade e outras características.

Deveriam isolá-los com controle médico de dieta, exercício e outros fatores de estudo de vida, e então alimentar um grupo com carne e o outro não, por pelo menos 20 anos. Isso é impossível de se fazer.

Muito do que se fala é a simples associação causa-efeito.

Apesar de estar mais do que provado que a carne vermelha não causa câncer, os pesquisadores não desistem.

Neste estudo, creditam que o ferro heme presente na carne vermelha estaria associado a um risco aumentado de carcinogênese.

A hipótese agora é que esse ferro ativaria o Pirin, um sensor de ferro ativando a telomerase, que aumentaria a incidência de câncer coloretal.

Mais uma vez, trata-se de uma publicação cheia de problemas, pois inclui um viés de saúde confundindo correlação com causalidade, ignorando os padrões alimentares. Não se prova a causa, confundindo variáveis que dificultam até os mais entendidos em estatísticas, interpretarem os resultados.

E, o que o pesquisador tenta mostrar, é que não há na clínica um inibidor de telomerase, que poderia ser usado nos pacientes na prevenção de câncer.

Neste caso, fica claro o conflito de interesse, pois o pesquisador desenvolveu uma patente de inibidor da telomerase, a qual é proprietária da patente.

E confirma ter recebido honorários pela concessão da criação de um inibidor de atividade de telomerase, de laboratórios como Roche, MSD, BMS, Astrazenica,  Merck, Serrano e Amgen.

Além disso, recebeu subvenção do National Medical Research Concil e National Research Foundation de Singapura.

Referências Bibliograficas:

– Cancer Dicov. 2024 Oct 4; 14(10): 1940-1963

– Nucleic Acids Res. 2023 Jan 11;51(1):1-16

– Cell Mol Life Sci. 2016 Apr;73(8):1659-70

drrondo.com/carne-vermelha-causa-cancer/

drrondo.com/perigo-carne-bem-passada/

drrondo.com/carne-vermelha-e-cancer/

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