Não se sabe ainda o que ele é, mas está causando um estrago de grandes proporções. Para se defender, cuide da alimentação.
Infertilidade e abortos espontâneos têm crescido muito em animais e o resultado é o aumento de inseminação artificial. No gado, em média eram necessárias 1,5 inseminações para alcançar o objetivo. Hoje, em alguns países não se chega ao sucesso com menos de 4 a 8 tentativas de inseminação. A origem do problema está em alimentar animais com transgênicos que apresentam alta concentração do herbicida glifosato. Milho e soja, presentes em silagens, são os mais comuns.
O glifosato compromete a flora intestinal e facilita a contaminação por microorganismos patogênicos potencialmente perigosos. A relação entre problemas de reprodução e a presença de novos microorganismos já foi estabelecida. As pesquisas só não estão publicadas por não se saber ainda que tipo de organismo se relacione aos casos. Não é fungo nem bactéria, também não é um vírus, que cresce muito bem com fungos, bactérias ou leveduras. É algo novo, encontrado em milho e soja transgênica, afetando gado, porcos, cavalos, ovelhas e aves, animais que fazem parte da nossa dieta.
Pela primeira vez na história enfrentamos esse problema de agressões ao solo, plantas, animais e humanos. Mas o aumento de sementes transgênicas resistentes ao glifosato estimula o uso do herbicida. Estamos encurralados em consequência dessa aberração. Nos últimos 10 anos também cresceu a frequência de abortos e de infertilidade em humanos. É óbvia a relação de causa e efeito aqui, já que também consumimos esses e outros alimentos transgênicos, além da carne de animais criados em confinamento, frango de granja, peixe de cativeiro e tudo que se encontra nas gôndolas de supermercado contendo milho, soja, óleos vegetais, margarina e trigo.
No Brasil, ainda temos sorte: a maioria do gado é criada a pasto e o uso do herbicida nas pastagens é quase zero. Nos Estados Unidos e na Europa, porém, as pastagens são de alfafa transgênica. De qualquer forma, vale sempre lembrar a importância de cuidar da alimentação. Procure consumir alimentos orgânicos, carne de gado criado a pasto, fazer uso diário de probióticos e evitar processados em geral, em especial com milho e soja, já que a grande maioria deles tem um percentual transgênico. Essas atitudes são ainda mais importantes se há dificuldades para ter um filho.