Convencionalmente, acredita-se que a melhor prevenção contra o câncer de mama seria a mamografia, com possível detecção precoce de câncer em potencial. Algo, aparentemente, pouco lesivo, correto? Porém, a realidade é bem diferente… A mamografia não é tão inócua como se imaginava!
A exposição à radiação ionizante é, por si só, um causador de câncer. Além disso, apresenta uma taxa de falso positivo altíssima, aonde as mulheres são submetidas a testes adicionais, invasivos, causando um estresse psicológico e possível tratamento de câncer sem necessidade real.
A indicação de mamografia anual foi revisada. Nos Estados Unidos, o US Preventive Service Task revisou as recomendações de exames anuais para mulheres abaixo de 50 anos. Agora, recomenda-se que elas façam o exame a cada 2 anos. Tudo isso por causa da alta exposição à radiação para as mulheres. Concluiu-se que a frequência anual iria colocá-las em altíssimo risco de câncer, dentro de um período de dez anos.
O Conselho Médico da Suíça também passou a não recomendar mais a mamografia de forma sistemática, igualmente limitando os intervalos entre esses rastreios mamográficos. Eles entendem que as recomendações são baseadas em estudos desatualizados e os benefícios não superam os riscos para as mulheres.
Porém, ainda há grupos que se recusam a seguir essas orientações, ainda indicando o exame anualmente para mulheres com mais de 40 anos de idade, como o American Cancer Society, o National Cancer Institute e o American College of Radiology.
Um dos estudos maiores e mais longos de mamografia até agora descobriu que a mamografia não tem absolutamente nenhum impacto positivo sobre a mortalidade do câncer da mama, enquanto que 22% das mulheres rastreadas foram expostas a falsos positivos e tratamento desnecessário.
Paralelo a isso, baseados em estudos, há diversos órgãos sérios, que questionam os méritos da mamografia. Para citar alguns exemplos que se somem a essa já imensa fila:
- Segundo o Archives of International Medicine, que publicou uma meta análise de 117 ensaios de mamografia controlados randomizados, háu ma alta taxa de falso negativo entre 10 e 50% depois de 10 mamografias.
- Outra meta análise de 2009, realizada pelo Cochrane Database Review, observou uma alta taxa de 30% de excesso de diagnósticos positivo e de tratamento sem necessidade.
- Um estudo realizado no Boston Children’s Hospital observou alta taxa de falsos positivos resultados de mamografia e consequentemente tratamento sem necessidade entre mulheres de 40 a 59 anos, tendo sido publicado no Health Affairs recentemente.
- Em 2014, publicado no BMJ, o maior e mais longo estudo sobre mamografia, envolvendo 90 mil mulheres, acompanhadas por 25 anos, observou que a mamografia não tem nenhum impacto na mortalidade de câncer de mama.
- Pesquisa publicada em 2011, no The Lancet Oncology, demonstrou pela 1ª vez que mulheres que mais fizeram mamografia tiveram a maior incidência cumulativa de câncer de mama invasivo, num segmento de 6 anos, comparado com um grupo que realizou menos exames.
Resumindo:
O National Breast Cancer Coalition externa sua posição de que não há evidências suficientes para se recomendar a mamografia para mulheres de qualquer faixa etária.
Em 2012, o BMJ mostrou que há ainda um grupo de mulheres que tem ainda mais risco com a mamografia. Trata-se das mulheres com a mutação BRCA ½, que são mais sensíveis às radiações do exame, apresentando a dobro de risco de uma mulher sem essa mutação.
Além do problema do falso positivo, também há o risco do falso negativo, ou seja, isso não significa que você está livre de risco de câncer de mama.Isso é importante, em especial, em mulheres aonde há alta densidade em tecido mamário, tornando-se impossível ao radiologista detectar câncer nestas mulheres.
Estatisticamente,cerca de 75% das mulheres com alta densidade nas mamas estão com risco aumentado de serem mal diagnosticadas, se a abordagem for somente a mamografia. Mesmo os radiologistas aconselham que se façam uso de outras opções de diagnóstico, como Ultrassom de mama e Termografia.
Medidas preventivas contra o câncer de mama
- Procure fazer uma alimentação de acordo com o seu tipo metabólico;
- Evite açúcar, frutose e alimentos refinados;
- Mantenha altos níveis de vitamina D3 (entre 70 e 100 ng/ml);
- Melhore a sua ecologia intestinal;
- Exercícios físicos regulares;
- Preserve a sua relação ômega 3:ômega 6, positiva para ômega 3. Utilize a suplementação de ômega 3 com laudo de pureza de metais tóxicos;
- Evite produtos de soja, por estimularem o estrógeno;
- Evite reposição hormonal convencional; só usando a bio-idêntica, se o seu ginecologista achar adequado no seu caso;
- Evite BPA, fitalatos e outros xenobióticos, compostos que simulam estrógeno, causando aumento de risco;
- Corrija o seu nível de iodo, se for o caso, pois apresenta alta ação anticâncer.
Referências bibliográficas:
- Cochrane Database of Systematic Reviews October 7, 2009; (4):CD001877
- Lancet Oncology November 2011;12(12):1118-24
- BMJ. 2014 Feb 11;348:g366
- Ann Intern Med. 3 April 2007;146(7):516-526
- BMJ 2012;345:e5132
- BMJ 2012;345:e5660
- National Cancer Institute BRCA 1 and BRCA 2
- New England Journal of Medicine Sep 23, 2010;363(13):1203-10.
- The New England Journal of Medicine April 16, 2014
- Swiss Medical Board December 15, 2013, Systematic Mammography Screening