Magnésio: o protetor do seu material genético

Magnésio é o 4º mineral mais abundante no nosso corpo, estando envolvido em mais de 600 reações enzimáticas, incluindo proteção, reparação e replicação do DNA.

Mais da metade da população não ingere a quantidade necessária de magnésio, sem dizer que em situações de desafio e sono inadequado, pouco que se tem é consumido.

Perigos de deficiência de magnésio

De acordo com o European Journal of Nutrition, há uma correlação entre nível de magnésio e proteção do DNA.

Os pesquisadores observaram que em condições de magnésio baixo, haverá aumento de homocisteina, o que potencializa o dano no DNA, acelera o envelhecimento celular e aparecimento de doenças degenerativas.

Para agravar, a homocisteina está associada com aumento de doenças degenerativas, cardiovasculares e problemas na gravidez.

Mecanismos protetores do magnésio no DNA

– É fundamental para a integridade do DNA. Age como um cofator para as enzimas replicadoras do DNA.

– Está envolvido na regulação epigenética e integridade genômica.

No cérebro:

Mantém o equilíbrio de vários processos cerebrais, sendo responsável indiretamente para o aprendizado e a memória.

Reduz neuro inflamação

Modula a expressão inflamatória nos genes, reduzindo com isso a inflamação cerebral

Tem papel importante nas sinapses cerebrais permitindo a conexão entre os neurônios. Isso é fundamental no aprendizado, memória e cognição.

Antioxidante

Deve ser considerado um antioxidante, pois participa das defesas orgânicas contra o estresse oxidativo.

Sua deficiência está associada com aumento de estresse oxidativo.

Age estabilizando a superóxido dismutase (SOD), a principal enzima antioxidante do nosso corpo, transformando radical superóxido em moléculas menos reativas,

Glicemia

O controle glicêmico depende do magnésio para que haja a correta função das células pancreáticas beta, que produzem insulina para regular a glicemia.

Caso o nível de magnésio esteja baixo, as células beta terão dificuldades de produzir e liberar insulina de modo eficiente, causando desequilíbrios glicêmicos. Isso contribui para o aparecimento do diabetes tipo 2 e resistência à insulina.

Por outro lado, a resistência à insulina estimula a excreção de magnésio depletando as reservas corpóreas de magnésio.

Esse ciclo acaba que perpetua essa condição.

Energia celular

O magnésio é essencial para a produção de energia agindo como cofator de diversas enzimas envolvidas na glicólise e ciclo de Krebs. Estes são os dois caminhos de geração celular de energia.

Na falta do magnésio, essas enzimas não funcionam adequadamente, comprometendo a produção de energia.

Como corrigir seu magnésio

Há diversas condições que aumentam a perda de magnésio como:

– Diabetes tipo 2

– Consumir álcool regularmente

– Falta de sono

– Estresse

Os exames de sangue para checar o magnésio, não traduzem a real situação, portanto, lembre-se de consumir alimentos ricos em magnésio como:

– Leite cru e iogurte caseiro

– Arroz branco, batata, couve de Bruxelas e brócolis

No caso de suplementação

Magnesio Threonato: é o único que atravessa a barreira hemato encefálica, portanto o ideal para a parte cerebral, memória e cognição.

Magnésio malato, citrato, taurato e bisglicinato são ótimos para a parte de pressão arterial, força muscular, função nervosa e contribuem para ossos fortes, diabetes, proteção do DNA e código genético, antioxidante.

Deve-se começar com a dosagem de 200 mg 1x/dia, devendo-se aumentar até 02 cp. 3x/dia.

Referências bibliográficas: 

– European Journal of Nutrition June 12, 2024

– Front. Endocrinol., 25 September 2024 Sec. Cellular Endocrinology, Volume 15 – 2024

– Front. Nutr., 25 September 2024 Sec. Nutritional Epidemiology, Volume 11 – 2024

-Oregon State University, “Micronutrient Inadequacies in the US Population: An Overview” Micronutrient Deficiencies and Inadequacies

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